tag:blogger.com,1999:blog-64757869009538793252024-02-07T00:29:52.215-03:00Baixas ExpectativasQuando se espera muito pouco, qualquer resultado é positivoJuventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.comBlogger46125tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-173045670039824602016-05-04T01:30:00.001-03:002016-05-04T01:30:05.952-03:00Check out "Unfriend" from How I really...
on Tapas https://tapas.io/series/howireally/ep68Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-74105015344834558892015-08-10T00:24:00.001-03:002015-08-13T13:00:39.251-03:00Oficialmente fechado.<div dir="ltr">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Boa noite.</div>
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Estamos aqui, dia... Dez de agosto de dois mil e quinze encerrando operações. Não que eu não goste mais de escrever, mas preciso ser sincero comigo mesmo e em minhas escolhas. Vim aqui dar um glorioso fim a essa fase maravilhosa da minha vida chamada baixas expectativas. Detalhe que esse nem era o nome original do blog, o famigerado pedaços de mim.</div>
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<br /></div>
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Criei esse blog no meio do ano passado, e publiquei por meses um texto por semana até o fim do ano, quando tirei férias e ainda publiquei mais alguns vinho ao início da faculdade. Criei esse blog por um único motivo, descobri o quanto amo escrever; e escrevi mais do que esperava até. </div>
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Crônicas, relatos, reflexões, desabafos. Ainda me impressiona a quantidade de conteúdo que consegui produzir com essa proposta ultra intimista que foi o pedaços de mim. Entre os textos tem alguns que expõem minha intimidade de tal maneira que é bem difícil você me ouvir falando sobre pessoalmente.</div>
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<br /></div>
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Não vou parar de escrever. Jamais. Mas vou reformular minha ideologia, meu modus operandi, meu raison d'être. Pedaços de mim aliado às baixas expectativas é um meio ótimo de viver, sempre dá certo. Faça o que puder, pegue o resultado mínimo, fique feliz. Mas essa é a zona de conforto. Me esforço o suficiente, chego até o fim de meus objetivos, me desespero como alguém que acabou de assistir a quinta temporada de game of Thrones (normalmente diria uma série, mas quem assistiu esse último episódio sabe do que estou falando.) e me isolo de tudo que posso até encontrar o próximo objetivo.</div>
<div style="text-align: center;">
Isolamento.</div>
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<br /></div>
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Um jeito satisfatório, mas vazio de viver. Do ponto A para o ponto B e assim por diante. Por mim, um pouco pelos meus pais e irmãos. É só. Vazio. Não quero mais ser vazio, insosso. Sem graça. Minha mãe por muitas vezes me avisou sobre viver a idade na idade certa, e aí estou eu remoendo meus anos de vício de novo. Quero saber o que é esse tal viver, não o que as pessoas falam na rede social(parece terrível), nem os dos contos de fada($em condi$$õe$), mas o do mundo das crônicas, lindo, palpável, sofrido as vezes, mas sempre profundo. Sempre vivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Viver é se jogar em um abismo, no momento do nascimento começa a queda e na morte o inevitável encontro com o chão. Meu objetivo nessa metáfora é aproveitar a queda. Esperando um pouco mais de mim. Quebrando mais vezes a minha cara. Sorrindo e chorando com mais propriedade. Sendo eu mesmo, seja o dançarino das festas, o cansado da madrugada, o tranquilo durante o dia, o competitivo no baralho ou o depressivo do Twitter.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por uma vida na qual se espere mais e melhor.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por uma vida que mesmo que não se tenha mais nem se tenha o melhor, que ainda consiga sorrir verdadeiramente ao longo de cada dia.</div>
<b><div style="text-align: right;">
<b><i>Felipe Juventude</i></b></div>
</b>
<b><div style="text-align: right;">
<b><i>(Ou</i></b><b><i> você pode chamar </i></b><b><i>de</i></b> <i><b>Çegredo</b></i><i><b>, </b></i><i><b>muito </b></i><i><b>mais </b></i><i><b>legal)</b></i></div>
</b>Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-39522182030052781432015-06-20T00:43:00.001-03:002015-06-20T00:43:28.126-03:00Fechado para obrasTalvez volte um dia. Foi bom escrever aqui, e ainda é. Mas anda sendo difícil escrever. Se alguém ainda lia, me desculpe, é complicado conseguir escrever toda semana, e mesmo assim consegui essa proeza por quase um ano.<div>
Não vou dizer que não foi bom. Foi ótimo, poder escrever o que penso e crio ao longo desse ano. Mas não estou conseguindo escrever toda semana aqui. Ando sendo uma farsa nos últimos meses. É realmente complicado não ter o celular comigo todas as horas, no começo do blog toda idéia eu anotava nele e vinha direto para cá. Era lindo, mas meu celular deu o famoso xabu, e não consegui instalar mais o blogger nele. </div>
<div>
Ai fica dificil manter a constança de posts. Não era mais algo que eu fazia ao longo do dia, mas sim eu preciso dedicar um tempo para isso aqui. E bem, eu também preciso estudar (sério, vou me fuder em cálculo). </div>
<div>
E bem, isso não é um ponto final, mas sim um ponto e virgula na história desse blog. O pedaços de mim/baixas expectativas me ajudou bastante, tanto nessa parte de escrever melhor, quanto nessa parte emocional que eu já me abri aqui com o editor de texto tantas vezes. Só não prometo mais textos todas as sextas, provbavelmente sere uma sexta sim e uma não e outra não e mais uma não (bem nesse esquema).</div>
<div>
Não vou mais tratar esse trabalho lindo como compromisso, agora será um hobby(mais do que antes).</div>
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Espero que vocês compreendam, e continuem acompanhando os próximos textos que aparecerem aqui se inscrevendo nas parada que tem pra se inscrever ai (vou caçar uma que funcione)</div>
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Quem quiser entrar em contato a página de contato tem bastante coisa, Quem quiser me ler reclamando, o twitter tae do lado, só dar uma scrollada. </div>
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Bom dia, boa tarde, boa noite</div>
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:3</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-19734081340710016242015-05-22T15:26:00.000-03:002015-06-09T15:27:22.754-03:00Molhagem<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O dia está frio. Agradável, mas ainda frio. O melhor clima não tem a ver com a temperatura.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Clima tem muitas variantes. A temperatura é só, aparentemente, a mais importante. Afinal de contas, não é comum escutar pessoas falando pela rua, "nossa como o dia tá úmido hoje" ou "caramba, essa maritimidade tá de matar!" Não é assim que funciona. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">É sempre: "Caramba, que calor. Tô derretendo." ou "Que frio, de congelar os ossos!" e o que prova que quem não tá feliz reclama de qualquer coisa, fica nublado e ela já diz: "Nossa, que tempinho xôxo! Podia abrir um sol\uma chuva\uma geada\ um portal pro sétimo nível do inferno." Se você não tá feliz e não tem uma desculpa socialmente aceitável para expressar isso, pode recorrer à temperatura. É ok, todos fazem isso.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O incômodo, na verdade, não é a temperatura, mas sim o quão "molhante" o clima está. Não me entendam mal, não falo de chuva. Não só de chuva. Claro, quando se fala de algo molhante, é natural lembrar de chuva. Afinal, nada é mais molhante do que água. CAINDO DO CÉU. Mas a chuva ainda é um tempo legal, se você tem um carro ou se pode ficar em casa( de preferência deitado na cama.) O bom é que mesmo se está na chuva, uma hora você vai sair dela, e vai ficar completamente seco. Diferente daquele outro tempo. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O verão, aquele que não te molha de fora para dentro, mas de dentro para fora. Não importa se detém um carro ou se está em casa, o calor afeta a todos. As axilas, os cabelos, as sombrancelhas e as dobrinhas do corpo. Tudo molhado, nojento e colante. O sofá, normalmente um recinto de conforto, de descanso e de paz. Torna-se um lugar infernal, o suor pula de um lado para o outro, aquele que era para ser um dos melhores lugares da casa, se torna uma enorme panela.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Pensem nisso.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E evitem piadinhas sobre meninas molhadas ao ler isso.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Feministas se enraivecem.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-57548875407990736252015-05-15T15:23:00.000-03:002015-06-09T15:24:12.637-03:00Almoço: A alternativa<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O almoço é algo extremamente cotidiano no dia a dia de quase todo mundo (uma pequena ressalva para as piadinhas de humor negro que tem um fundo de verdade e você deveria ter vergonha de rir delas. Principalmente se por acaso sabe ao que me refiro).</span><br />
<br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Afinal de contas, existe uma refeição dada como diária que se encontra no período entre onze e meia da manhã (caso você seja uma pessoa na terceira idade) e 5 da tarde (se passar muito disso já é considerado janta.).</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O problema não é o almoço; almoço é a solução. Não obstante, até chegar nessa maravilhosa solução, torna-se necessário enfrentar um problema: o antes do almoço. Pior ainda que o antes, também existe o pós-almoço.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Claro, pode-se resolver todos esses problemas de maneira simples, uma alternativa: comendo fora de casa.</span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> As vantagens são inúmeras, apesar de todo o resto. A primeira coisa a ser considerada é que se gastará no minimo o triplo para conseguir montar seu prato. Não falo no total, apenas "realizar o pedido" já é meia facada na carteira.</span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Outra coisa a se considerar é a necessidade de locomoção até o local. Ida e volta. Caso vá a pé, aguente a caminhada; se for de carro, pague o estacionamento e a gasolina; se for de </span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">ônibus vá em outro lugar. Nenhum restaurante vale a pena pegar um ônibus. Vamos usar um caso clássico, almoçar no shopping.</span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora que chegou ao shopping, precisa escolher onde comer. Esse é um problema real independente se vai sair para comer ou comer em casa, a diferença crucial é: em casa há a limitação do que se tem na geladeira e que é uma possibilidade real de se fazer (diferente daquela pedra que insistem em chamar de bife.); na rua, as possibilidades, são infinitas (isso é, se os estabelecimentos aceitarem crédito, se não aqueles que se adequam ao seu crédito são o limite.)</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Exclui-se automaticamente os lugares vazios. Não devem estar vazios a toa. E a não ser que você não tenha forme, pode-se cogitar os lugares cheios, aqueles restaurantes de costelas que só não tem mais fila do que os bancos em dia de vencimento do imposto de renda.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Esses são alguns dos motivos para não se comer fora, mas essa é só uma alternativa. Qualquer dia ainda falo sobre o pré e o pós almoço com seus devidos desprazeres, mas tudo isso é muito bem recompensado. Com um bom</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Almoço.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-55452363704615804592015-05-08T04:56:00.000-03:002015-05-08T04:56:00.838-03:00Ah, o verão!<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O sol. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O calor, a praia, uma cerveja gelada e mulheres gatas de biquíni. Se essa é a visão que você, caro leitor, possui de um dia ensolarado, sinto informar que está completamente equivocada. Prestem atenção ao termo COMPLETAMENTE na oração. Não tem nada de certo, pois quando é formada a frase contam-se todos os termos de forma positiva. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Infelizmente não é todo mundo que pode no verão pegar uma praia todos os dias. Diferente do transporte público, o qual ele não só pode pegar, mas também o faz todo o dia. Pegue um trem cheio em um dia quente, o sol e o calor já estão em um lugar muito pior do que naquela primeira frase. Mas se nos dias comuns não se pode ir à praia, por quê, Ó, POR QUE ENTÃO NÃO APROVEITAR OS DIAS DE FOLGA PARA IR PEGAR UMA BOA PRAIA?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Vou esclarecer uma coisa, caso o cidadão decida passar parte significativa do final de semana (período compreendido entre sexta e segunda) na praia, isso não define o dia como um de folga. Primeiro, se o cidadão deseja conquistar o tão cotado lugar ao sol, ele deve acordar cedo. Feliz ou infelizmente, o fim de semana ou feriado é para todos, e por algum motivo estranho, todos resolvem por o plano de ir a praia nesses dias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mesmo saindo cedo, o transporte público vai estar cheio, o sol vai estar quente e o desodorante do cidadão à direita está em falta ou vencido. Não apenas lotado, o transporte público que de segunda a sexta carrega pessoas que detêm uma mochila no máximo e sabem como se comportar de acordo com a etiqueta secreta do transporte público. No sábado ele fica até menos cheio que nos dias comuns, mas está cheio de crianças que gritam, de tias com mil bolsas e ambulantes que tentam ganhar algo dos grupos citados anteriormente. Cada curva do ônibus as pessoas parecem que vão cair pela janela e morrer de tanto escândalo que fazem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao chegar na praia, qual a visão? Muita gente. A não ser que o cidadão tenha sido uma das 50.000 sortudas que acordaram antes da alvorada para chegar na praia antes dela se tornar um formigueiro, então não se vê areia. Difícil de chegar, mais difícil ainda de se acomodar. Para se sentir confortável então? Que tal uma cerveja? D</span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">as duas uma: ou está quente ou está super cara. Afinal de contas é o Verão! Todos querem viver um comercial de cerveja, mas quando ela chega até mãos sedentas está quente porque já foi muito vendida ou está gelada por um preço que poucos se aventuram a investir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Já em relação às mulheres gatas por ai, elas existem. O mito do comercial de cerveja vai de novo pro caralho. As do comercial, se existem, não frequentam a mesma praia no mesmo horário que um assalariado. Em pouca quantidade estão as gatas, quase sempre acompanhadas por cães de guarda, que chamam de namorados, ou por uma horda de marmanjos que insistem em tentar a sorte pagando cervejas geladas para as moçoilas. No geral as mulheres ou são feias, ou são tias com mil e quinhentos sobrinhos alimentando todo mundo com frango assado com "farofa"( ênfase nas aspas por motivos de: procedência duvidosa dessa farofa.)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O verão não é de todo ruim, isso é se ar-condicionado for uma opção. Claro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-60781889103325135702015-05-01T00:06:00.000-03:002015-05-01T00:06:00.064-03:00Do outro lado da Carta<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Deus está naquilo tudo que não se pode ver, não se pode tocar e não se pode explicar.</span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Deus já foi tudo nesse mundo, já foi o chão, já foi as marés, já foi o aparecimento de moscas por mágica. Mas aos poucos essa imagem de Deus foi sendo desbotada. O chão -agora chamado de solo- já tem sua composição em uma tabela, junto a tudo que ele abraça. As marés agora não passam de magnetismo e o criacionismo foi por água abaixo faz muito tempo.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje já é um pouco mais difícil encontrar algo inexplicável, anos a fio de método científico, tese contra antítese a todo momento em artigos e pesquisas que levaram a nós, a sociedade, para os incríveis confortos da vida como o uso de celulares, do micro-ondas e afins.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas ainda é possível representar Deus em seu mistério e significado. Quando se usa o exemplo de um caso para demonstrar a totalidade simultânea ao particular d'Ele, é fácil lembrar do gato de Schrödinger, morto e vivo ao mesmo tempo.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas ainda não é um bom exemplo, o gato pode estar morto, pode estar vivo, ele pode estar até em um outro estado desconhecido entre um lado e outro, todavia é só. Da mesma forma que os números naturais, ele só tem três opções, vivo, morto ou neutro. Diferente de uma carta.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Cada carta possui seu significado próprio. Cada uma conta uma história diferente, as vezes sobre raiva, as vezes sobre um caminho a tomar ou um cuidado a ter. Mas todas elas são iguais quando viradas de cabeça para baixo. Uma carta do baralho pode ser qualquer uma dentre todas as outras, pode ser todos os casos desde que esteja virada para baixo.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Deus é desta forma, quando desconhecemos sua forma, mas reconhecemos sua existência. Abre-se uma janela de possibilidades. Quando ele toma uma forma física, ou seja, se vira a carta, deixa de ser a representação de Deus, vira apenas uma mensagem, um significado. Algo que pertence a lógica que conhecemos e podemos compreender.</span></div>
</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-41447075393694200562015-04-24T22:26:00.000-03:002015-04-29T22:52:38.289-03:00Célular<div style="text-align: justify;">
O celular desperta,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular avisa que está na hora de tomar água,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular descreve qual a refeição a ser tomada,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular mostra o lembrete dos remédios a serem tomados,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular calcula (e recalcula) a rota mais rápida até o trabalho,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular avisa do acidente e da blitz,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular mostra o que as pessoas fizeram nas ultimas horas,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular ajuda a encontrar a vaga,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular exibe as notícias do dia,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular demonstra o local apropriado para almoçar,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular avisa que é hora de tomar água,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular indica as últimas tendencias da moda,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular faz o intermédio para conversas (em grupo e particulares),</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular exibe as tristezas e insatisfações,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular mostra para onde ir a noite,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular indica que já é hora de sair do trabalho,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular mostra a nova leva remédios e simultaneamente lembra sobre a água,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular mostra com quem sair a noite,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular dá uma trilha sonora ao lento passear do ônibus,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular lembra que já é hora de dormir.</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular envia mensagens indesejadas,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular recebe mensagens mais indesejadas ainda,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular salva imagens que não deveriam existir,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular encontra o tàxi e o chama,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular paga a conta,</div>
<div style="text-align: justify;">
O celular lembra que a hora de acordar está próxima.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E ainda não sabem o porquê da bateria dO celular durar tão pouco.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se você só segue as ordens dele fica cansado, imagina ele que até quando está dormindo, está recebendo mensagens.</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-19647082775078532272015-04-17T22:21:00.000-03:002015-04-29T22:22:28.924-03:00Épica da Vida Real - Pegando um trem<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um dia estava a me questionar, para quê existem tantas crônicas, histórias, filmes, novelas e seriados se a vida comum do dia-dia já nos oferece mais ação do que é possível assimilar.</span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Por exemplo, andar de trem junto ao fluxo, não é uma aventura tão cansativa como a demanda enfrentada pela comitiva de senhor dos anéis, mas tem seu nível de fadiga. É fácil para qualquer um perceber o que torna algo tão cotidiano uma aventura: o preparo exigido pela mazela, a caminhada até a estação de trem, a longa fila para pagar tributos com o fim de começar a aventura e uma segunda fila para assumir uma posição na linha de frente da guerra. </span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A partir dai as coisas ficam mais perigosas: a tensão entre se encostar ou se posicionar estrategicamente em frente aonde a porta deveria estar, os momentos que precedem a parada do trem e parecem durar dias, enquanto as portas passam e o espaço dentro dos vagões(que nos primeiros já não era muito) rareia. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Alguns tentam lutar contra o destino de um vagão mais cheio, correndo atrás das portas como cães correm atrás de carros. Outros, normalmente mais experientes, já estão exatamente onde querem estar, veem o passar dos vagões como apenas parcelas da vida que não podem acessar por conta de um destino cruel aliado a uma má sorte, observam com pena e saudades aqueles que correm, pois são as imagens deles mesmos a muito tempo atrás.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O trem para. O tempo para. O desespero cresce nos olhos de quem corria inutilmente e também daqueles que escolheram o lugar errado para esperar. A satisfação inexiste nesse momento, Até aqueles que escolheram bem a posição, sabem que o pior está por vir. </span></div>
<span style="color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As portas abrem, o tempo volta a fluir. Aquele que até aquele momento fora um valioso aliado, agora é o pior inimigo. Todas as pessoas que estão fora do trem precisam estar dentro do trem, em até 10 segundos( sensação temporal de dois segundos). A diferença entre quem sabia onde esperar e quem não, é que aqueles que estavam no lugar certo já respiraram fundo, os que erraram agora exigem o máximo de seus músculos, sem respiração, não há oxigenação, os músculos começam a produzir energia através de fermentação láctica. Uma mistura de câimbra e dor abala o corpo, mas aqueles que ainda pretendem adentrar o trem possuem a mente límpida para gerir a dor e encontrar seu caminho em meio as pessoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lá dentro a situação não é muito melhor, mas esta já é outra aventura épica.</div>
</span>Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-91215503720262008062015-04-10T21:29:00.000-03:002015-04-29T21:32:27.807-03:00Cólera de ônibus<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">É definitivamente o fim dos tempos, o dólar está em alta, o funk na moda e a violência frequente. Mas esses eram apenas sinais de que o fim está a espreita, agora ficam mais claros: as coisas estudadas em física na escola agora poderiam salvar vidas. Um dos arautos do apocalipse, a linha BRT no rio de janeiro, executa sua cólera divina na população local desde suas instalação.</span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Primeiro ele testa o bom senso; aqueles que não o detém e usam sua faixa exclusiva (a qual deveria se chamar rota 66) como calçada ou ciclovia acabam indo ao fim primeiro.</span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Então ele testa a capacidade de visão da população. É impossível cuidar do próximo se a pessoa não é capaz de observar o redor e interpreta-lo. Na fase de crescimento todos escutam os dizeres sagrados: "olhe para os dois lados antes de atravessar". E o brt nem exige tanto, ele só vem de um lado. Aqueles que em uma linha reta e plana não enxergam um ônibus de porte maior que o comum e com dizeres eletrônicos acesos em led na sua fronte são convidados a vê-lo mais de perto em outro plano.</span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora o ônibus possui linhas diretas e semi-diretas, o BRT pune sem dó aqueles que são menos atenciosos com uma longa, cansativa e desnecessária viagem. Não sem motivos, ele o faz para todos que cometem tal erro aprenderem a atentar-se a detalhes menores. A morte seria uma consequência demasiada para esses que ainda tem cura.</span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas ainda existem pessoas que desafiam o misterioso e onipresente conhecimento que o BRT oferece. Essa semana testem</span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">unhei algo incrível: adolescentes que pegaram o ônibus direto e estavam sendo punidos; revoltaram-se. Pressionaram a trava de segurança. forçaram a porta do BRT. Esperaram ele diminuir a velocidade e.. Pularam. </span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">O BRT com a trava de segurança proporcionou uma chance para aqueles que foram desatentos tomarem seu rumo de volta, mas ele exigiu algo mais desses ousados. Conhecimento sobre física, leis de Newton, Inércia. Tudo que está em MOVIMENTO, tende a ficar em MOVIMENTO. O menino pulou e tentou parar em pé. A partir deste momento as únicas certezas que tive foi a de que ele caiu rolando e que vinha um segundo brt logo atrás. </span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #222222; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Creio eu que ele tenha morrido e o BRT tenha passado sua mensagem a todos.</span></div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-14053410548288238042015-04-03T11:22:00.002-03:002015-04-03T11:22:18.827-03:00Gente esquisita (eu)<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Oi e sim, mais um daqueles. Caso você seja novo por aqui e não saiba do que estou falando (ou digitando, que seja) existem textos que eu não escrevo crônicas, apenas experiências e fatos da minha vida a partir da minha perspectiva. O blog é meu, publico o que quiser.
Faz algum tempo que não publico nada exclusivamente nesse estilo, então vou lhes atualizar sobre o que aconteceu nesse filme b chamado minha vida nos últimos dias: passei para a faculdade, mudei de casa, moro com gente nova, tenho uma porrada de novas responsabilidades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu não sei vocês, mas eu sempre tive essa impressão de que depois de um empurrão tudo vai mudar e então as coisas começariam a se encaixar e o mundo seria um lugar melhor. Só falta o primeiro empurrão. Quando eu entrasse na faculdade as coisas começariam lentamente a tomar o rumo certo. Se eu me mudasse para fora da casa dos meus pais seria forçado a mudar minhas atitudes. E cá estou eu, matriculado, morando longe, saindo terças e quintas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E não é de todo ruim, um lampejo de sociabilidade não me atingiu, eu não me tornei aquilo que chamam de membro respeitável da sociedade; ainda sou eu. Não sei dizer o que falta, mas falta. Apesar de não ser o mais novo do grupo não sou aquele que tem mais histórias, sei que parte disso se deve aos meus, eu diria, 7 anos de vício. Não acho que tenham sido sete anos jogados fora, mas parece que faltou algo. E bem, ainda agradeço bastante aos envolvidos no <a href="https://www.youtube.com/user/ExtraCreditz">canal Extra Credits</a> por fazerem
os vídeos os quais me fizeram perceber aquilo que minha mãe tentou me avisar anos a fio; eu não estava vivendo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> E</span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">u passei horas incalculáveis em frente a realidades fantasiosas, o que não seria problema se fosse uma opção, mas não era. Eu não tive um plano b, não era escolher entre sair com amigos para perambular pela rua ou jogar algo. Eu não tinha muitos amigos. Os grandes amigos que tenho me são queridos até hoje, e os adoro, e eles me chamavam apesar dos problemas de distância e horários incompatíveis. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Parece que perdi toda a minha adolescência onde eu deveria cometer meus erros e fracassos e todos diriam, ok, você era jovem. Agora eu tenho medo de tentar. </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Me apoio forte na minha zona de conforto social que consiste única e exclusivamente em afastar todos que me são queridos. "Prefiro não ama-los a ter de lidar com a dor de perde-los" eu repito. Acontece de maneira lenta e horrível. Ao invés do seco e doloroso fim de uma execução limpa eu matei meus amigos como afogamentos em minha memória. Um dia paramos de nos falar e então nunca mais nos falamos, como completos estranhos que um dia tiveram algo em comum, mas nenhum de nós sabe mais o que. A</span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">gora as conversas só geram silêncios constrangedores e assuntos vazios. Desculpem-me amigos, eu os abandonei. Jonatan da avenida, Victor do equipe, José do américo, Newton e Iago do ressu, Nycholas do pré, se um dia lerem isso, não me falem, não vou saber reagir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E mesmo agora, na faculdade, eu não sei o que fazer. Não em relação ao curso, acho certas coisas incríveis no curso apesar de ainda duvidar dá minha capacidade na hora de trabalhar. Nada que um salário não me motive. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Apesar de tudo eu sinto que a vida não me recebeu de volta. Hoje em dia já tenho a opção entre o viver e o jogar, mas o meu viver parece sempre superficial, nunca indo ao máximo em nada, nunca falando com ninguém sobre essas coisas, nunca me permitindo ir além com ninguém, permanecendo sozinho nessa solidão que chamo de vida. Não é um lugar de todo ruim, afinal de contas é uma zona de conforto, o problema está em tudo que eu não consigo alcançar por estar dentro dela. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Acho que por hoje é só. Pelo resto do mês teremos insanidade em forma de crônicas e indignidades. Caso queria acompanhar mais da minha vida bugada tem o twitter, o <a href="https://twitter.com/SrJuventude">@SrJuventude</a>, mas se você quer ver alguém fudido de verdade tem o <a href="https://twitter.com/luanlovato">@luanlovato</a> por que nem em ser errado eu sou bom. </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Um bom dia, uma boa tarde e uma boa noite.</span></div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-84557470208891843772015-03-27T00:30:00.000-03:002015-03-27T00:30:00.912-03:00Tango<br />
<div>
O mundo girava. O corpo; dolorido. As pálpebras pesadas. Abrir os olhos tornou-se uma missão impossível para ele. Embora lhe faltasse a visão; o tato e o olfato não lhe falhavam. Estava deitado, apoiado sobre algo áspero. O cheiro era de fumaça, mas não sabia dizer o que estava queimando apesar de lhe ser estranhamente familiar.</div>
<div>
</div>
- Onde estou? Alguém pode me ouvir? - Perguntou, sem saber se realmente tinha alguém lá. Sem respostas verbais, algo o segurou pela cintura e o pôs de pé, enrolou algo em volta de seus tornozelos e calcanhares e o empurrou. Descobriu que conseguia andar. Seja lá para onde o estavam empurrando.<br />
<div>
- Olá, faz tempo que não lhe vejo - Uma voz feminina começou a falar em seu ouvido. Um tom de voz fino e suave como um vinho doce que escorre em uma garganta sedenta. - Mas você não está me vendo. O que houve? Abra os olhos.</div>
<div>
As pálpebras, como magia, ficaram leves, o corpo- que antes doía como se 37 facas e 2 espadas lhe perfurassem a cada respirar- estava bem e disposto. Abriu os olhos. A cena que ele viu certamente não foi agradável. Um cadafalso montado a sua frente acima de uma grande fogueira, algumas pessoas com características semelhantes em fila vestidas de branco semi conscientes, da mesma forma que ele parecia no momento anterior. Corpos pendurados no cadafalso depois de um tempo eram soltos e caiam com a leveza de um presunto em direção ao fogo. Seja lá o crime cometido, a regra parecia ser simples. Genocídio.</div>
<div>
Porém não encontrou a mulher. Voz tão doce não parecia sair daquele lugar, não combinava com a atmosfera fúnebre. Virou o pescoço para um lado, virou para o outro. Só via grandes homens vestidos de branco realizando a matança naquele lugar estranho. Olhou para o céu. Negro e sem estrelas. Virou-se em direção ao chão. Branco e polido. Porcelanato de boa qualidade, podia afirmar. Algo estranho para notar quando se pressente a morte.</div>
<div>
A ideia de morrer não lhe parecia ruim, já que não sabia nem o por quê de estar ali. É como se sua vida toda fosse um pequeno comercial de um desses "canais de música". Mais uma coisa estranha para se pensar. Música. Começou a prestar atenção na batida dos seus pés junto aos passos alheios e o dançar das chamas. E saindo de lá vinha uma mulher. Ruiva, seios não tão grandes quanto em um desenho japonês, mas num bom tamanho. Não saberia dizer se eram de verdade daquela distancia, e um olhar vazio.</div>
<div>
-Então finalmente me vê. Cumpriu bem sua parte do acordo. - Disse a mulher sem mover os lábios, com sua voz melodiosa que saia do nada. - Mas sua missão ainda não terminou. Precisa me conceder uma dança. - Quando disse isso, o homem se sentiu liberto, flutuando e em êxtase. Uma sensação maravilhosa que ele julgava apenas possível em sonhos ou chocolate. As batidas, as danças e as vozes tomaram forma: melodia, métrica e ritmo.</div>
<div>
Pegou a cintura daquela mulher que surgira. Era fria como gelo, sua mão grudara ao vestido vermelho dela devido ao frio. Começaram a dançar. Fluía com naturalidade, como se tivesse dançado aquela musica durante todos os segundos que compuseram sua ignóbil vida. Era um tango; dançavam, brigavam e se reconciliavam com os pés. Movimentos rápidos, arte e sedução. O calor se instaurava no ambiente.</div>
<div>
Passos rápidos, tentativas frustradas de reconciliação, meias-voltas e o calor subia. A mulher que saiu das chamas no inicio tinha uma pele fria e uma respiração penosa, agora era mais bela, quente e viva do que antes.</div>
<div>
Ao fim da música ela se aproximou ao ouvido do homem e sua voz reverberou:</div>
<div>
- Agora que tive minha ultima dança é hora de lhe pagar o que devo. - E botou sua boca sobre a dele. Era como se estivesse sugando algo de dentro dela. O fogo gerado pela dança se esvaia do ambiente e ia para ele. Se lembrou de quem era, do que fez, o porque fez e o que estava acontecendo. Deu-se por satisfeito, voltou as suas dores mundanas e como se nada tivesse acontecido, foi enforcado junto com sua horda de cadáveres.</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-79122056284883288772015-03-20T21:26:00.000-03:002015-03-20T21:26:00.268-03:00Segura esse forninhoSe não for pra ser feliz, então para que ser?<br />
Essa é a questão que me assombrou durante os últimos dias, semanas, meses. Não direi anos, até o ano passado(esse texto é de 2014) meu futuro era certo, minha vida era feliz, minha família me apoiava e, como em uma carreira militar, tudo estava garantido.<br />
<br />
Mas sabe, tudo correu por água abaixo. Meus pais nunca foram ricos, nunca consegui nada da moda na hora que ainda estava na moda, mas sempre vivi confortável e feliz. A situação nunca foi muito fácil, mas enquanto vovô era vivo, o forninho era mais fácil de segurar, então você junta isso a problemas financeiros, um divórcio, filhos, mudança e boom. Você tem um pequeno retrato do que foi parte da minha vida.<br />
<br />
Mas como eu já disse, era feliz. Para tudo havia um jeitinho. Carne nojenta enlatada? Manda refogado até essa porra ficar comestível. Arroz com o fundo queimado? Melhor que o de ontem, amanhã acertamos. Louça pra lavar? Chama o Daniel. Ah joça, ele já foi ontem, minha vez. Dificuldades, das mais simples as complexas estão ai até hoje, nos acompanhando.<br />
<br />
Mas o meu mundo caiu. Contrai dívidas( que com jeitinho foram pagas), minha faculdade faliu, e então resolvi tomar uma decisão. Parei de deixar a vida me levar.<br />
<br />
Ok, isso funcionou por muito tempo. No final da primeira metade do fundamental, depois de eu ter fracassado miseravelmente (graçadeus) numa prova pro colégio militar, até os dois primeiros períodos da faculdade empurrei com a barriga. E estava bem feliz com isso. Estudei pouco quase nada para passar na faetec. Passei. Estudei pouco quase nada pro tal do ENEM. Passei. Estudei um pouco mais para passar de período. Ok, lá eu já tinha um amor pelo que eu fazia, mas o futuro era nebuloso.<br />
<br />
Tinha medo do que viria depois. O mercado de trabalho, tão promissor na área da informatica, parecia fechar as portas para mim. Toda vaga de estágio era para suporte, e todo emprego mais a frente parecia não pagar o suficiente enquanto exigiam décadas de formação pós-graduação por uma jornada levemente desumana. Talvez não fosse tudo tão ruim, mas era como eu enxergava, então realmente era minha realidade.<br />
<br />
Mas estava tudo pronto. Era só seguir aquele caminho que a vida seria maravilhosa. Um emprego meia boca que pagasse meus hobbies, tempo para perder em frente ao computador, sair de vez em quando para tomar uma cerveja e dançar. Nada glorioso. Nada diferente do esperado, apenas um futuro comum, para um cara comum.<br />
<br />
Mas a chance surgiu, a faculdade estava indo a falência. Era apenas uma questão de tempo e negociações. A faculdade entrou em um ciclo vicioso de declínio por falta de serviço, quanto mais problemas eram jogados a tona, menos dinheiro entrava no final do mês, e seja lá quem tomou as rédeas estava mais interessado em encher o próprio bolso do que realizar uma boa gestão.<br />
<br />
Foi a hora que me percebi com a zona de conforto em risco; poderia continuar lá até a hora que fosse, era bolsista mesmo, na melhor das hipóteses, a única coisa que perderia é tempo, seria só repassar a bolsa para outra instituição. Mas resolvi sair antes do circo fechar e tomei uma decisão. Botei meu futuro que era tão simples, banal e claro em cheque. Decidi que seguiria outra carreira, que enfrentaria os riscos, que entrarei em uma faculdade pública e que irei ao Canadá estudar feito uma vadia. Não abandonei velhos costumes, apesar de já ter entrado em crise com eles.<br />
<br />
Agora o futuro é outra vez incerto, e mais uma vez me vejo feliz por isso. Agora posso ir longe, não existe mais aquela perspectiva assustadora de que ali é o fim da linha; agora é só esperar a morte.<br />
<br />
Minha vida não é um programa militar no qual eu sigo ordens como um robô e espero ser promovido ao longo dos anos ganhando algum dinheiro e recebendo ordens e me aliviando em cima daqueles que já posso dar ordens.<br />
<br />
E não vou terceirizar porra nenhuma. Deus, Oxalá, Doum, Thor, Odin, Shiva, Ala e o caralho a quatro deram sim apoio, suporte e ajuda, mas no final não foram eles que me fizeram sair. Não foram eles que tomaram as decisões ruins que eu tomei ao longo de toda a porra da minha vida. Não são eles que estão desesperados em busca de algum colo para fugir da realidade tão implacável que assola meu mundinho.<br />
<br />
Sou eu. Eu que sento e estudo, eu que não vou à aula e assumo minhas responsabilidades. Eu que lido com minhas dificuldades, eu que tomo minhas decisões ruins, eu que pago o preço das ações, eu que colho os frutos, eu que como as porras dos frutos do jeito que eu quiser.<br />
<br />
Eu que respiro, vivo, evoluo, aprendo e me jogo em direção a esse abismo que é o futuro. E se é pra se jogar em uma porra dum buraco, para no final estabacar a cara no chão e partir dessa pruma melhor, que seja do melhor jeito possível. Acompanhado de meus guias espirituais, de minha família, de meus amigos, dos desconhecidos do ônibus e de todo mundo o mais.<br />
<br />
Porque se não for pra ser feliz, eu não quero ser. E estando no inferno, por que não dar um abraço no capeta e aproveitar o momento?<br />
<br />
(Esse texto é de 2014, lá na metade, acabou que eu passei para a faculdade, e estou aqui agora. Morando longe de casa, dos meus pais e dos meus irmãos, longe das antigas amizades, mas ainda ""perto"" de um tio caso o mundo exploda eu tenha um lugar para correr e filar almoço no domingo. As dificuldades continuam, eu continuo me fudendo e no dia que eu programei esse texto pra ser publicado eu não sei direito o que vai rolar. Mas a parte boa é que vai rolar.)Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-9461378619717124382015-03-13T00:30:00.000-03:002015-03-13T00:30:00.892-03:00Blue Hair - Prólogo(Piloto #1<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #404040; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Remilia é uma legítima elfa da floresta, como aquelas que já não existiam no mundo de ShadowRunner. Seus pais, um Technomancer chamado Loriel e uma Decker chamada Flandre, eram elfos da floresta. Mesmo que apenas na aparência, pois a vida da mesma forma que os uniu, jogou-os aos extremos de desespero e dor, onde eles descobriram a Matrix e como opera-la com maestria. Após anos aperfeiçoando seus talentos e sobrevivendo, Flandre descobriu que estava grávida e junto com seu marido tomou uma medida drástica: terminaram todas as ordens de serviço que estavam pendentes e pararam de aceitar as novas a fim de se mudarem para uma das florestas como aquelas que eles se lembravam de suas longínquas infâncias.</span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="color: #404040; line-height: 18px;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #404040;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Encontrar uma não foi fácil, vagaram por quilômetros sem sucesso. As cidades tomaram grandes proporções e se alastraram por muitos dos campos silvestres que antes cobriam o mundo. Após meses de caminhadas árduas e caronas suspeitas, eles encontraram um lugar no qual poderiam ter sua filha, ensina-la a viver da terra e a amar a natureza, sem que ela fosse jogada às mesmas dificuldades e condições de seus pais.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="color: #404040; line-height: 18px;" /></span>
<span style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Apesar da vida, agora simples, eles continuavam realizando pequenos serviços a longa distancia. Com qualquer sinal de wi-fi a hectares de distancia seria impossível se conectar a matriz, mas Loriel não aguentou a idéia de nunca mais se conectar, e então colocou diversos repetidores ao longo do caminho. Esses repetidores foram criados por ele e sua mulher, então tinham um código de encriptação muito complexo, já que a linguagem utilizada era própria do casal, não havendo nada parecido no mundo. Isso possibilitou uma conexão ágil (apesar da distância), ao mesmo tempo que garantiu segurança de que não seriam rastreados com facilidade. Focados principalmente em trabalhos ilícitos, agora eles juntavam o dinheiro a fim de proporcionar conforto e segurança para a pequena Remilia.</span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Anos se passaram e Remilia cresceu; aquele pequeno ser floresceu com o passar dos anos. Os cabelos, longos, levemente cacheados e belos adquiriam uma tonalidade azul, aprendeu com os pais sobre as coisas da floresta: plantar, cuidar e colher. Como lidar com as dificuldades que uma vida natural proporciona (ex: criaturas más da floresta), sem nunca ter de enfrenta-las cara a cara. Sobre o cultivo de plantas e seus usos medicinais. No tempo livre, lia os livros antigos de seus pais em segredo. Não era permitido a ela se conectar a tal matriz, mas já tinha mais conhecimento de observação e leitura do que muitas pessoas com SIN(Cadastro Cívil).</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="color: #404040; line-height: 18px;" /></span>
<span style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Um dia Flandre e Loriel tomaram outra decisão drástica. Um de seus contatos os indicou para um trabalho especialmente perigoso e igualmente recompensador. Seria a última ordem de serviço; com o dinheiro poderiam criar seu próprio servidor de matriz e começar um vilarejo no meio a floresta. Deveriam entrar em um banco de dados, roubar informações confidenciais de um grupo terrorista anti-metahumanos. Entraram com dificuldade, mas assim que entraram perceberam algo errado. Era uma armadilha e a punição pela demora ao perceber o erro foi severa. Seu sinal fora rastreado e um ataque foi executado aos seus hotsim; uma forte descarga elétrica em seus sistemas neurais e computadores. Os corpos de Loriel e Flandre estavam da mesma forma que sempre entravam na matriz, um de frente para o outro. Mas suas almas haviam partido, os olhos estavam vazios, os cérebros em curto e seus aparelhos eletrônicos levemente danificados.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #404040; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #404040; line-height: 18px;">Remilia ficou mais alguns meses na casa. Em estado de choque, criou um chip BTL no qual sua vida era feliz e seus pais vivos, o usava frequentemente para fugir da terrível verdade. Proporcionou um enterro digno aos seus pais. Realizou a recuperação de dados e uma varredura em todos os arquivos dos comunicadores. Viu que o sinal vinha da matriz de Seattle, provavelmente provocado por algum Decker muito habilidoso; furar a criptografia, mesmo que com "força bruta", não era uma tarefa simples. Saiu assim que se sentira preparada, sua casa na floresta já não estava segura. Sabia que era apenas uma questão de tempo até que o local fosse encontrado. Conseguiu acesso à parte das economias com os dados da varredura, também achou alguns equipamentos sobressalentes de seus pais e um nome junto com um número de identificação: Go'el.</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="color: #404040; line-height: 18px;" /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao chegar na cidade, Remilia ficou extasiada. Já tinha lido sobre a matriz e conhecia os problemas com o "barulho" que se agravavam com a distância entre o usuário e a conexão, mas não imaginava a velocidade e frequência com que os dados passavam por sua interface de RV(realidade virtual). Assim que se recuperou do choque entrou em contato com a única pessoa que tinha alguma ligação.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Go'el ficou impressionado ao atender a comunicação, era um xamã relativamente famoso no mundo dos Runnners, mas aquele número era particular e fazia pelo menos 20 anos que ninguém entrava em contato com ele por tal meio. Remilia o explicou a situação e pediu por ajuda, e Go'el como tinha grande amizade por Loriel e Flandre a explicou tudo o que podia com as informações que tinha. O ataque realizado aos amigos tinha a única intenção de mata-los pela brutalidade e força com que fora executado.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele aconselhou Remilia a voltar para casa. Para sua vida no campo, onde poderia ser feliz e auto-suficiente sem se sujar com as impurezas dos becos escuros e traiçoeiros de Seattle, mas os olhos dela brilhavam de ódio, um verde e o outro azul, herdados de seu pai e mãe, respectivamente. Ela disse: "Não posso voltar agora. Da mesma forma que tudo na natureza, a morte dos meus pais terá consequências."</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Go'el respirou fundo e disse: "Então vou ajuda-lá em tudo que eu puder, você não é uma cidadã desta cidade, e se é vingança que busca é melhor não ser mesmo. Vou lhe apresentar aos meus irmãos e irmãs, parece que você já sabe algumas coisas sobre a Matriz e que partilha dos conhecimentos de teus pais.Terá de se mover pelas sombras, adquirir conhecimentos, armas e contatos e correr riscos inimagináveis. Está pronta para se tornar uma corredora das sombras?"</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Cumpriu com sucesso suas primeiras missões, umas em grupo, outras completamente sozinha. Depois que se despediu de Go'el resolveu viver sozinha em lugares abandonados, a fim de se manter o mais longe possível de olhos suspeitos. Descobriu sobre a existência de um grupo extremista anti-metahumanos, e desconfia que eles sejam os responsáveis pelo fatídico fim de seus pais. Todos na Matriz são inimigos e todos os outros Deckers são assassinos. Por viver muito tempo na floresta, sempre anda com flores em suas roupas ou nos seus longos cabelos azuis; traz lembranças de sua casa. Entre um trabalho e outro ainda visita as lembranças de dias mais felizes e não consegue ficar muito tempo longe delas.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="color: #404040; line-height: 18px;" /></span>
<span style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Remilia está começando a pegar o jeito da coisa, e não vai parar antes de encontrar os assassinos. Não os matará de imediato, pois morte é a libertação da vida, os fará sofrer antes. Da mesma forma que ela sofre todos os dias.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #404040; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #404040; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #404040; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #404040; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #404040; line-height: 18px;">Er, oi, Felipe aqui, ou Çegredo. Ou Juventude, depende de como e/ou donde você me conhece( se me conhece). Se você está lendo isso, provavelmente chegou ao meu blog porque viu em algum lugar ou me conhece mesmo, e esse é um blog de crônicas, pensamentos, reflexões e agora contos. Esse não é um texto como os outros, ele não é 100% meu, diferente de todo o resto nesse blog. Ele é inspirado em um jogo de RPG de mesa, o </span><span style="color: #404040;"><span style="line-height: 18px;">Shadowrun: A Life in the Seattle Edge, que o lindo do Odinpower/Thomtomp me apresentou e me chamou para jogar com os amigos dele. Não sei se vocês sabem, mas um jogo de roleplay é, como um dos amigos que estava jogando junto disse, como ler um livro que está sendo escrito em tempo real com as atitudes dos jogadores e os lançamentos de dados.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #404040;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Esse não é um conto sobre as aventuras do grupo como um todo, porque eu não sei os detalhes sobre os outros personagens, então não tenho como botar palavras e pensamentos na cabeça deles, então vai ser uma história com total foco no único personagem que tenho controle, ou seja o meu. Remilia, que vocês vão conhecer mais para frente ai. Não, eu não sei se os amiguinhos sabem que eu to escrevendo a história dessa perspectiva e talvez o único que descubra seja o próprio Odin, que é o mais próximo de mim. E sim, para não perder os rumos eu to gravando a porra toda em aúdio (na medida que meu pc não der pau) e tentando escrever com o meu estilo próprio da parada e gravei parte da primeira aventura (yay).</span></span><br />
<span style="color: #404040;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Mas o problema, como vocês provavelmente não sabem é que meus pais são separados, e na casa da minha mãe o acesso a internet é prejudicado porque lá a internet é ruim e só tem um pc para três pessoas, então não sei se vou conseguir continuar nessa mesa com os amigos e por consequência não sei se vão rolar mais que esse piloto e o próximo.</span></span><br />
<span style="color: #404040;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Mas se vocês gostarem/eu tiver tempo/o odin quiser eu volto a jogar e então as aventuras dessa elfinha vingativa com os cabelo zulão lindo pode continuar <3</span></span></div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-21229167138930289802015-03-06T18:33:00.000-03:002015-03-06T18:33:00.241-03:00PF: Prato Fast<div style="text-align: justify;">
A rotina é simples. Casa, trabalho, casa, almoço, estudo e de volta à casa, em busca de minhas novelas, telejornais, vinhos, mulher, descanso e conforto. Aliás, preciso parar de ter grandes idéias. Claro, parece uma grande ideia almoçar no shopping depois do trabalho para poupar tempo. Não que eu não goste de comer fora, mas comer sozinho é<strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– </strong>além de paradoxal<strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">–</strong> tedioso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou eu aqui no Shopping, a 200 metros de distância do meu trabalho. De lá ninguém almoça aqui, todos ou levam almoço de casa ou almoçam em casa. Não é um trabalho ruim, mas detesto admitir que não ganho o bastante para realizar meus pequenos prazeres cotidianos diariamente, como almoçar hot filadélfias. E realmente parecia uma grande ideia, economizar o tempo da ida até em casa, pois teremos um encontro de grupo no shopping mais tarde, então se eu fosse para casa( provavelmente) trocaria de blusa, faria um sanduíche rápido e sairia comendo ele pela rua mesmo. Ou perderia a hora. Já entrei em um consenso com o grupo sobre como tratar atrasos maiores que 15 minutos. E se você mora numa cidade movimentada como a minha, sabe que em 15 minutos você anda 15 metros. Se andar. O transito é um inferno.</div>
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<br /></div>
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A primeira coisa que se deve considerar é onde. A medida que você cresce começa a enxergar grandes verdades que antes pareciam apenas frases, como aquela de um cantor brasileiro: "É tanta coisa no Menu, que eu não sei o que comer." Claro, existe o sentido filosófico que se encaixa em uma série de cenários e criam uma reflexão profunda sobre o sentido da vida, mas o sentido literal da frase funciona perfeitamente também. Peguei-me dando uma, duas.. três voltas pela praça de alimentação. Como a hora é de almoço a maioria das pessoas preferem pratos feitos, ou como eles chamam em lugares de renda um pouco melhor, prato executivo. É como o prato feito, só que ao invés do prato estar feito, são os ingredientes que estão feitos, sendo apenas necessário arrumar tudo em um prato.</div>
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<br /></div>
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Apesar do grande número de pessoas comendo arroz e um grelhado, o numero de lugares que parece oferecer esse tipo de serviço é um tanto quanto... limitado. Já o preço é realmente exorbitante. Não é como se alguém gastasse uma média de 30 reais por dia para almoçar. Iriamos todos a falência. Desisti de procurar por qualidade e comecei a procurar por preços, e então descobri o que realmente acontece. Todos aqueles fast-foods não convencionais que vemos por ai se transformam em restaurantes de prato feito. E junto com esses pratos (executivos e feitos) encontro uma inquestionável marca de qualidade: aprovação popular. Quero dizer: fila.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Fila é um dos jeitos mais eficazes de organizar pessoas sem ter de apelar para a lei do mais forte, isso é, se o serviço fosse realizado com a excelência, não de qualidade, mas sim de tempo. Então excluo automaticamente todas as filas muito grandes. São más opções porque além de todo o charme que qualquer fila de lotérica oferece, tenho a incrível opção de roncar enquanto espero. E se vai demorar para pedir, imagine só o quanto vai demorar para o pedido ficar pronto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Fui parado por uma atendente de um desses Falsos FastFoods que vendem pratos feitos. Um ponto para serviço, por mais que pareça pouco, algumas palavras dirigidas a você no meio de tanta confusão significam mais do que parecem. E o refrigerante é gratis. Não é o PF mais barato do lugar, mas ganha dos incrivelmente cheios já que lá as latinhas custam 4 reais. Pus-me na fila nem tão grande. Fiz o pedido e sentei para esperar o pedido e comecei a ler um pocket.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vantagem de ler é que se pode prestar atenção ao redor. Pessoas esperando em pé pelo pedido, enquanto amigos de trabalho comentam sobre a atendente<strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong>–</strong> </strong> não que ela seja linda, mas mamilos rígidos são mamilos rígidos em qualquer lugar. E é incrível estar no meio de tanta gente e me sentir tão só. Quero dizer, quando se está com muitas pessoas,por definição não está sozinho. Isso definitivamente precisa ser revisto. Prefiro ser esse pequeno modelo observador do que acabar tendo de conversar com algum estranho sobre coisas ralas e vazias, como o tempo ou o quanto eu realmente não me importo com qualquer coisa que ele vá dizer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o que realmente incomoda é o fato de que todos. TODOS estão com as fuças enfiadas nos celulares. Não só os que, como eu, estão esperando o pedido. Pessoas ficam com seus pratos de comida, garfo e celular na mão enquanto comem. O incomodo não pelo o que eles estão fazendo, mas por como estão fazendo. Podem passar seus dias em computadores e momentos de lazer em seus celulares, mas como podem não aproveitar a maravilha que é o momento de isolamento da sociedade e paz que ele te dá.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Existe uma pequena variedade nessas pessoas, como aqueles que ao se sentar organizam a mesa de almoço para que o celular esteja em um lugar acessível, tem aqueles que não o soltam e tem aqueles que olham mais para o celular do que para o próprio prato. Eu não teria essa capacidade em mil anos. Me sinto ocupado demais enquanto como para fazer qualquer outra coisa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O numero eletrônico acende, meu pedido está pronto. Se você me der licença, como eu disse, o almoço é um tempo sagrado de reflexão e solidão. Até mais.</div>
<br />
<div style="text-align: right;">
Escrito por Felipe Juventude</div>
<div style="text-align: right;">
Num passado longínquo pro meu outro blog</div>
<div style="text-align: right;">
Revisado e Rescrito por Felipe Juventude</div>
<div style="text-align: right;">
Esse tal de Felipe Juventude do passado é um analfabeto</div>
<div style="text-align: right;">
Reescrever deu trabalho</div>
<div style="text-align: right;">
:c</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-47145008366019296232015-02-27T00:30:00.000-03:002015-02-27T00:30:00.550-03:00Releitura, Cotidiano moderno (feminino)<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todo dia ela faz tudo sempre igual</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acorda as sete horas da manhã</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Arruma os cabelos e faz um Selfie matinal</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Junto à sua tapioca de maçã</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Todo dia ela posta que vai "treinar"</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
e essas coisas que faz toda mulher</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Chega na academia e tira foto antes de suar</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
para colocar a foto no Tinder</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Todo dia ela pensa no que vai almoçar</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
considera um restaurante bonito e Vegan</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Depois pensa em como vai compartilhar</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
e decide um filtro para colocar no Instagram</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Seis da tarde como era de se esperar</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
ela acessa o App de pegação</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Diz que está muito louca para beijar</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
e fica a procura de um mozão</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Toda noite ela diz que não vai prestar</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Dez da noite ela se deita no sofá</div>
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Liga o netflix para uma série acompanhar</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas já são meia noite e ela não decidiu o que verá</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Escrito por</div>
<div style="text-align: right;">
Felipe Juventude</div>
<div style="text-align: right;">
Para todas as mulheres</div>
<div style="text-align: right;">
que aliaram o culto a beleza</div>
<div style="text-align: right;">
as suas redes sociais</div>
</span>Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-59958005934646232772015-02-20T03:12:00.000-02:002015-02-20T03:12:07.596-02:00Puposo<div style="text-align: justify;">
Dia X</div>
<div style="text-align: justify;">
Os peritos vasculhavam toda a casa; seja lá o que procuravam, não estava lá. Não havia sinal de arrombamento, digitais estranhas, violência. Apenas fatos; os pertences em seus devidos lugares e um corpo. O laudo do IML não tarda a chegar, a denúncia foi feita há aproximadamente 24 horas. O que justifica a tamanha importância dada ao caso pela Polícia Federal não é a identidade do sujeito que atingiu o óbito. Alfredo era relativamente importante, mas nunca esteve na mídia e nem fazia parte dela. A justificativa para a eficiência acerca do caso é um caso clássico de contatos de um dos interessados do incidente. Não é mais um assassinato, um latrocínio ou uma tentativa de reação a assalto que acaba em tragédia. Nada extraordinário, apenas incomum. Abriu o laudo e...</div>
<div style="text-align: justify;">
Asfixia..?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dia X-1, hora Y PM</div>
<div style="text-align: justify;">
Outra vez ele não me atende. Já não sei quantas foram as chamadas perdidas <span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">—</span>ou ignoradas<span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">—</span> que já fiz nos últimos dez minutos. Tínhamos um compromisso <span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">—</span>verbo conjugado no passado mesmo. A essa hora não tem muito jeito, se depender do trânsito caótico do Rio de Janeiro não vou nem ver o buquê sendo jogado pela noiva. Não posso aparecer lá sozinha, convites de casamento são sempre valiosíssimos, se chegar lá sozinha serei fuzilada por olhares de todos que possuem ciência de que eu tinha dois convites, um para mim e outro para meu namorado. Vão olhar para mim e pensar imediatamente em alguém que poderiam ter chamado. Provavelmente vou quebrar uma perna ou duas só por culpa de olho grande.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas antes tarde do que nunca. Disco os números no celular e tento de novo. O telefone chama e chama. O táxi que pedi chega, dou boa noite ao motorista, falo o endereço dele, a ligação continua sem um misero "Alô" amigável no outro lado da linha, apenas o seco tom da vadia <span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">— no momento atual de stress, todas são vadias</span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">— da atendente automática me direcionando a deixar uma mensagem na caixa de mensagens em tempo recorde só para que eu pague a taxa após o sinal. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">Não quero deixar uma mensagem na caixa de mensagens, nem na de sugestões nem na caixa do caralho. Outra chamada perdida. Perdida também está minha paciência, se não tiver acontecido algo muito sério vou ligar para o meu pai </span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">— chefe da PF</span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">— e mandar ele dar uma dura no Alfredo. Ligo mais uma, duas, três vezes. O táxi chega ao destino. O trânsito parece suportável, com sorte não nos atrasaremos para a festa. Pago o táxi e agradeço pelo serviço. Meus problemas não precisam ser descontados no tal taxista.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">Digito o interfone furiosamente. No segundo chamar, vejo o Seu Paulo, senhorzinho gente boa porteiro do prédio do Alfredo. Gosta de conversar. Mas tempo de conversar não é algo que eu tenho agora. Estou com pressa. Pergunto rápido antes que ele pudesse começar a falar da filha ou do cachorro de alguém que mora em algum andar do prédio: </span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">—Boa tarde Seu Paulo, sabe se o Alfredo está?</span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">— Ele disse que sim, agradeci e fui em direção ao elevador o mais rápido e simpática possível.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #252525; font-family: sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 21px;">Entro no elevador e sem mais delongas apertei o dez. Então o safado está em casa. Segundo andar. Aposto que largou o celular em algum canto e foi dormir um pouco. Terceiro andar. Quando digo um pouco falo de sono profundo. Quarto andar. Afinal de contas nos falamos hoje de manhã. Quinto andar. Lembrei-o do casamento, das horas, do trânsito, da importância de estar bem arrumado, </span></span></span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">— Sexto andar</span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">—</span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;"> fomos até comprar uma roupa esporte-fino para ele, as que ele tinha eram do pai dele, </span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">—Sétimo andar</span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">—</span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;"> estavam em cacos e não tínhamos</span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;"> tempo para restaurar ela. Oitavo andar. Sorte que tenho a chave do apartamento dele, </span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">— Nono andar</span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">— se não ficaria igual a uma louca apertando a campainha</span><span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">. Décimo andar, a porta abriu, vou em direção a porta procurando a chave. Chego em frente a porta, encontro a chave, boto-a na porta e giro. ALFREDO SEU FILHO DA PUTA É BOM VOCÊ ESTAR PRONTO, RICO E COM UMA BELA DESCULPA, dizia enquanto abria a porta, SE NÃO VOCÊ É UM HOMEM MORTO.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
...<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que Carmen encontrou foi algo desesperador. Sentiu-se culpada. Não sabia das ironias do destino, começou a chorar, ligou para o pai, a mãe dele, para os amigos, desesperou-se e continuou a chorar. Apesar de toda a tristeza ainda havia um ponto positivo em toda essa história que ela jamais perceberá pelo simples fato de ser humano. A probabilidade dela se sentir tão mal ou pior do que naquele dia por falar coisas sem pensar é mínima agora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #252525; font-family: sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 21px;"><br /></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #252525; font-family: sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 21px;"><br /></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Dia X-1, Hora Y A.M.<br />
Desligou o telefone. "O dia vai ser cheio", pensou calmamente. Há dez anos conhece Carmen, mas parecia que ela falava sobre o tal casamento desde o dia em que Alfredo saiu do ventre da mãe. "Alfredo, já tem uma roupa?" "Alfredo, compra um perfume novo." "Alfredo, que terno é esse? Você precisa de um novo." Mas já não faz diferença, hoje a tortura finalmente acaba para o pobre Alfredo. Ele adora festas de casamento, mas achou que só fosse ter tanto trabalho uma vez: no próprio casamento, e não toda vez que alguém for se casar. Teria que cortar o cabelo e fazer a barba antes de poder descansar até a hora da festa. Normalmente ele faria tais coisas no próprio banheiro, na paz do lar, mas tinha certeza que se fizesse algo errado Carmen jamais o perdoaria. Indo ao barbeiro tem ao menos um plano de contingência. Alguém para culpar.<br />
<br />
Saiu calmamente de seu apartamento, desceu de escadas. Gostava de pensar nisso como "um pequeno resquício de vida saudável". Leu em alguma coluna do jornal de domingo que subir e descer escadas fazia bem ao organismo e de algum jeito ajudava a manter o fôlego, então sempre descia de escadas. Mas só sobe elevador. Subir dez andares, ou 30 lances, de escadas não é para qualquer um. Se um dia desistisse de seu emprego e virasse atleta, certamente subiria as tantas escadas todos os dias, mas enquanto não é. Só desce mesmo.<br />
<br />
Encontrou Seu Paulo na portaria, o cumprimentou e escutou suas histórias; era um senhor sozinho. Alfredo já escutou sobre a falecida mulher, sobre os filhos e netos, já grandes e trabalhadores, mas definitivamente o hobby do Seu Paulo era comentar sobre os cãezinhos das madames que moravam no condomínio, pareciam dar mais alegria a ele do que as próprias donas, pessoas estranhas. Quando se deu conta do tempo que passou, pediu desculpas e foi em direção à rua, ainda tinha que aparar os pelos e passar numa farmácia, tinha de comprar um perfume para a ocasião, afinal de contas, sempre foi galanteador e acha que ao se arrumar mais do que Carmen espera a fará feliz.<br />
<br />
Cortou o cabelo e aparou a barba no barbeiro. Tomou um café pingado no caminho, não é um hábito sair de manhã de casa, mas sempre que fazia isso, se aproveitava para tomar um pingado com um pão na chapa na padaria. Não era mais o café da manhã mais barato da praça e mesmo assim ainda um dos mais gostosos. Tateou os bolsos em busca de sua carteira e deu falta de algo. Tudo que era importante estava lá: sua chave e carteira. É sempre importante ter como entrar e sair de casa, ainda mais quando a consequência direta de esquecer isso é uma tarde de stress com um chaveiro cobrando órgãos internos para você poder entrar em casa. E sua carteira, abriu-a, pegou uma nota de dez e entregou à caixa, torcendo silenciosamente para receber algum troco. Enquanto esperava olhou para dentro de sua carteira, algum dinheiro, cartões de crédito, uma foto de seu amor, a identidade e...<br />
<br />
CARALHO. CADÊ O CELULAR? Recebeu o mísero troco, agradeceu o serviço, pensou calmamente onde poderia estar o celular enquanto ia em direção ao barbeiro. Remontou seu dia enquanto perguntava se alguém havia visto seu celular na região, pensou em o quanto ia ouvir a noite por cada ligação perdida de Carmen. Respirou fundo, entrou na farmácia, comprou o perfume, um desodorante spray, um xampu colorido que parecia ser caro o suficiente para deixar seu cabelo bom. Respirou aliviado, lembrou-se de que ao sair de casa jogou o celular no sofá e se concentrou nas escadas. Sempre compra o xampu junto com o condicionador, parece ser sempre uma boa ideia, mesmo que aqueles potes se acumulem no banheiro até Carmen os levar todos para casa.<br />
<br />
Chegou em frente ao prédio, abriu a porta, cumprimentou o Seu Paulo de novo, dessa vez sem muita paciência para conversar, o stress do celular o esgotou. Entrou no elevador, subiu os andares, destrancou a porta de casa, largou as compras em cima da bancada da cozinha, se jogou no sofá e cochilou.<br />
<br />
O que ele não sabia é que tudo poderia dar errado e que ele dormiu um pouco mais do que o cronograma. Teve um sonho estranho e confuso, onde tinha uma multidão enfurecida gritando, mas isso não era tão estranho. Multidões enfurecidas gritam mesmo, estranho era o que elas gritavam, era como um coro polifônico de uma música de Zezé di Camargo que Alfredo até gostava, mas não era o tipo de coisa que acontecia todo dia. Abriu lentamente os olhos, seu celular tocando SEU GUARDA EU NUM SO VAGABUNDO em beeps. Carmen o ligava, o número de chamadas perdidas? Muitas.<br />
<br />
Viu a hora, não era exatamente tarde, ainda dava tempo de se arrumar e ligar para ela. Se ligasse agora certamente seria um homem morto, preferia deixar ela mais cinco minutos desconsolada e ligar falando:"Estou no trânsito, buzino quando estiver na sua porta. A polícia tá na esquina, beijos." do que ligar agora e ter de ouvir muito enquanto se arrumaria de maneira apressada.<br />
<br />
Está frio, fechou a janela e a porta do banheiro, ligou a água quente do banheiro e foi buscar as compras na bancada da cozinha. Entrou no banheiro e sentiu-se aquecer, o vapor já gracejava o ambiente. Pegou seu xampu e condicionador entrou debaixo do chuveiro e tomou banho. Ao fim já havia muito vapor no ambiente, não se importou, afinal de contas, isso que faz o calor de um banho quente se estender por todo o banheiro. Secou-se, pegou o desodorante novo e apertou para sentir o cheiro. Cheiro forte, encheu o ar. Tonteira, não conseguia respirar, algo estava errado, o desodorante não parava, muita fumaça no ar. Botou o desodorante de volta na pia, sentiu-se sufocado e desmaiou.<br />
<br />
Dia Z, Cartório<br />
Lá estavam Carmen e seu Pai, assinando o óbito do Alfredo. Em causa da morte ela não sabia o que botar. Seu pai, um homem de meia idade, chefe da PF tomou a frente da situação e como uma piada de humor negro com péssimo timing do jeito que apenas senhores de meia idade são capazes de fazer e disse: "Ponha ai Suícidio puposo, quando não há intenção de matar."</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-31577302975297674052015-01-27T00:47:00.001-02:002015-01-27T00:47:11.051-02:00Oi de novo<div style="text-align: justify;">
Eu sei que eu tinha escrito que ia escrever no natal e no ano novo e não escrevi. Mals ai. Na verdade porque: 1- não deu vontade e 2- nem inspiração. Desculpe de novo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também sei que eu falei que tava de férias e meus próximos <strike>vídeos</strike> textos só depois do carnaval e to publicando esse aqui hoje. Na verdade comecei a escrever muito antes, mas só vou publicar hoje mesmo. Por vários motivos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou mudar um pouco o estilo dos textos do blog. Esses textos de "auto-ajuda" e "auto-conhecimento" são ótimos de escrever, mas preciso de um pouco mais de ação na minha vida para ter o de escrever e o que tem acontecido na minha vida não envolve ação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Transitar entre as casas dos meus pais, sair com os amigos de vez em quando, quilos de jogatina on-line e off-line(umas 80 horas e contando só de persona 4 golden), xingar o lindo do meu irmão e rir a toa com a linda da minha irmã. Nada contra, adoro esse período de "férias". E agora posso tirar as aspas da palavra férias, já que finalmente acho que vou ter algo pra fazer quando acabar esse período. Isso vou saber só quando publicar esse texto mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De vez em nunca vou a praia, de vez em quando ligo o ar e sempre que possível dou um tchibum na piscina. Voltei a ler o senhor dos anéis na falta do Silmarillon e do Hobbit, não terminei de ler a Anne Frank; apesar do valor histórico e de toda a tensão e problemas envolvidos na trama, é meio chato. São pessoas normais, o começo é bem irritante para a falar a verdade, não sei dizer o mesmo do meio e fim.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas eu me pus a pensar outro dia na livraria, folheando os livros. Gosto de crônicas, historinhas e contos. Adoro ler Veríssimo nO Globo domingo, Martha Medeiros junto na revista Rio, as belas crônicas da Cindy Dafolvo no Disk Chocolate e se um dia me mudar para São Paulo de certo vou descobrir onde o Gregório Duvivier e o Antônio Prata publicam suas colunas e vou comprar a revista ou jornal completos e vou ler nem que sejam as colunas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então lembrei do meu blog. Gosto de escrever. Mas poucos, quase nenhum, dos meus textos saem no modelo crônica que eu gosto. A verdade é toda essa. Vou continuar escrevendo toda semana depois do carnaval, mas essa vai ser a "season 2" dos pedaços de mim, mais crônicas. Espero que vocês gostem. Vou continuar escrevendo meus outros textos, mas vou tentar diminuir a quantidade deles. E quem sabe um dia não lanço um livro ou vendo meu corpo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Adoro terminar frases de jeito inesperado)</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também me bateu um certo desespero com minha saúde. Nunca me importei em ser ~gordinho~ e continuo a não me importar, mas sei lá. Tive um surto de eu preciso malhar que pretendo corresponder as expectativas mês que vem, mas vamo ver o que vai dar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E por último e DEFINITIVAMENTE mais importante eu queria agradecer. Mas isso eu vou fazer no dia que eu for publicar o texto. Obrigado pela atenção, mas o texto deve continuar ai em baixo.<br />
<br />
Olár, de novo. Ando com a mania de botar um R ao final dos meus cumprimentos, não sei o porquê, apenas acho estranhamente divertido. Sem mais delongas queria agradecer por esse ano de 2014.<br />
Queria agradecer primeiro a mim mesmo, por continuar a ser essa pessoa (adjetive) que sou, e me dar melhor comigo mesmo, o que é ótimo. E ao mesmo tempo que me agradeço num ato extremamente narcisista, agradeço ao universo.<br />
Nah, nada de Deus, todo poderoso sentado no seu trono em meio as nuvens com um checklist da galerinha em mãos, agradeço ao Universo. Universo que botou pessoas maravilhosas para me ajudar a trilhar esse tal de ~meu caminho~, meus pais, minha madrasta e meus irmãos. Sem esquecer dos inúmeros tios, tias, avôs, avós, primos, primas e agregados que fazem essa minha vida tão mais feliz de se viver. E especialmente queria agradecer ao Universo por esse ano incrível que foi 2014.<br />
<br />
A começar por mim mesmo, me cruzei, me cumprimentei, passei a conversar mais comigo e a tentar me entender mais. Nada demais, eu diria, mas bem divertido também, afinal de contas esse projeto não existiria se não fosse por essa pequena faceta da minha loucura. E também as pessoas que o Universo jogou no meu caminho, bons mestres e grandes amigos.<br />
<br />
Como não citar os muitos professores que lecionaram a uma turma de pré-vestibular durante todo o ano? Professores incríveis, mestres em suas áreas, com o dom de transmitir o conhecimento para os seres que mais resistem a ele, como eu. E como não falar dos amigos que fiz, joviais, todos eles. Que me apoiaram, que me fizeram rir, que me ajudaram a seguir em frente, a correr atrás de ônibus, a sair de casa sexta a noite e também a chegar em casa todos os dias a noite, a repartir uma batata frita no caminho ao ponto e ao não me negar um abraço em momentos precisos e em momentos as vezes nem tão precisos assim.<br />
<br />
E estaria sendo injusto se só falasse desses ai, pois fiz muitos amigos esse ano. Amigos de internet como muitos diriam, companheiros de aventura, como alguns dos próprios poderiam se referir a si. Um mar de recalcadas, dois ou três diriam. Tardes inteiras em frente ao computador digitando com essa gente louca, conversando pelo raidcall, salvando azeroth dos maiores perigos todas as semanas para ajudar os novatos ou alguém que estava em uma jornada por uma arma épica. A melhor parte dos MMOs é e para sempre será a parte do multiplayer.<br />
<br />
Adoro dizer a todos que tenho amigos em minas, em são paulo, em goias e até alguns fãs enrustidos e recalcados espalhados por ai. Meu ano de 2014 não seria metade do que foi se não fosse por tais Corujas. E também seria mais terrível do que gosto de admitir se a menina estranha e desinibida do ônibus não tivesse me apresentado aos outros do Equipe, pessoas tão divertidas que até agora não sei dizer se gostaram ou não de ter a imagem que tinham de mim FRAGMENTADA EM ZILHÕES DE PEDACINHOS. Agradeço também em especial à minha professora de Redação particular, não que as do curso fossem menos boas, muito pelo contrário, mas alguém que tivesse um tempo dedicado para sentar-se ao meu lado e me re-ensinar a escrever com os minuciosos detalhes, atenciosa a todos os erros para esclarecê-los de como eles se formaram e no que eles poderiam se transformar com a minha própria opinião merece minha mais profunda gratidão.<br />
Afinal de contas, parte relevante desse site eu devo a ela.<br />
<br />
E bem, tudo está bem quando tem continuidade, meus amigos alguns passaram e outros vão tentar novamente, e os que acharam necessário seguiram em frente sem medo das represálias. Eu, que passei para duas faculdades nesse início de ano, não tenho nada a reclamar sobre os resultados dos esforços empreendidos na jornada.<br />
Agora é:<br />
<div style="text-align: right;">
Erguer a cabeça, pois já cansei de esperar alguém para mudar a minha vida e resolvi fazê-lo eu mesmo.</div>
<div style="text-align: right;">
Quebrei as paredes da minha zona de conforto, tendo o Adeus como grito de guerra.</div>
<div style="text-align: right;">
Parto para recuperar o meu amanhã, cheio de desafios e incertezas.</div>
<div style="text-align: right;">
Tendo como única certeza de que não ficará</div>
<div style="text-align: right;">
mais fácil.</div>
<div style="text-align: right;">
Por: Um pouco mais de eu</div>
<div style="text-align: right;">
Fim inspirado em Take Back Tomorrow da banda Goldfish</div>
<div style="text-align: right;">
O resto do texto, é só</div>
<div style="text-align: right;">
mais um</div>
<div style="text-align: right;">
pouco de</div>
<div style="text-align: right;">
Eu.</div>
<div style="text-align: right;">
Em prosa e sangue e emoção</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-41010016728284603262015-01-01T22:25:00.001-02:002015-01-01T22:25:04.693-02:00Estou de férias daqui até depois do carnaval.FlwsJuventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-71290900057681621422014-12-19T00:23:00.001-02:002014-12-19T00:23:11.523-02:00Post de hoje (Sexta)<div style="text-align: justify;">
Hoje não vai ter texto por motivos de: enrolado para o natal.</div>
<div style="text-align: justify;">
Volte dia 25, talvez tenha alguma coisa. Alguma coisa mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Até lá você pode ler um bom livro e me dizer o que achou.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ou me indicar um bom livro. Desses de parar de ler é sempre a parte mais difícil.</div>
<div style="text-align: justify;">
Queria postar o texto de uma amiga como um tapa buraco aqui. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas sou um babaca e não consigo pedir favores com tanta facilidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não que eu seja uma pessoa introvertida para pedir favores.</div>
<div style="text-align: justify;">
Principalmente financeiros. A meus amigos que não devo nada, é claro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas quando é algo desse porte emocional me torno um assustado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Assustado a ponto de temer uma resposta de uma pergunta que não fiz.</div>
<div style="text-align: justify;">
A tal da ansiedade é isso ai. Mata antes de pegar na arma.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pode não parecer também mas sou tímido. Verdade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se você quiser saber um pouco mais sobre mim. É só voltar. Toda sexta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Excepcionalmente agora dia 25 do 12. (quinta) e o da próxima vai sair 31/12.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quarta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um último adendo:</div>
<div style="text-align: justify;">
Domingo e Terça são escritos assim para não rimar com feira. (Primeira-Feira // Terceira-Feira)</div>
<div style="text-align: justify;">
Sábado é sábado porque foda-se ele pode ser quem ele quiser. Todo mundo ama ele.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tem sábado com cara de segunda pra quem trabalha, sábado com cara de domingo pra quem encheu a cara sexta. Sábado com cara de sábado que só sábado sabe ter.</div>
<div style="text-align: justify;">
E sábado com cara de Gretchen quando é preciso ir ao mercado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ou comparecer a um evento indigesto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o sábado pode ser como ele quiser.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
O blog é meu, eu não preciso fazer sentido,</div>
<div style="text-align: right;">
Amo vocês,</div>
<div style="text-align: right;">
Felipe Juventude</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-23471867929090943782014-12-12T12:00:00.000-02:002014-12-12T14:46:09.004-02:00Radioactive<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
"O mundo está para entrar em uma nova era."</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Se você nasceu antes de 94 e é capaz de se lembrar das coisas que eram ditas durante a virada do ano 99 para 00, deve ter escutado algo neste sentido. Seja na virada do milênio, no asteroide que quase atingiu a terra ou até no 2012 maia. O planeta está sempre prestes a presenciar um grande evento catastrófico capaz de destruir todas as tecnologias ou de trazer de volta os mortos para que eles contaminem aos outros, resultando em um apocalipse zumbi.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E nada disso aconteceu. A cada apocalipse continuamos os mesmos. Nossas vidas não mudaram por causa disso. Não suicidamos, não desistimos e não nos animamos também. Embora sem perceber mudamos de era. Sem um grande marco, sem uma grande invenção, sem a consolidação de um grande império, sem um novo modelo econômico, sem banhos de sangue. E ela está ai. Tivemos um pouco de tudo isso em todo o mundo, mesmo sem ninguém ligar os pontos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Você está nessa nova era. Pare para pensar um pouco como. Respire, se acalme, deixe um pouco de lado os stresses do dia-a-dia, as contas para pagar e o consumismo exacerbado. Largue essa porra de Facebook, se integrar aos amigos é ótimo. Ter tudo ao alcance da mão é incrível, isso é resultado de anos de pesquisa científica e trouxe ótimos avanços na qualidade de vida, não é preciso ter muito mais que isso, nossa comida está refrigerada, nosso lazer à palma da mão e nossa ambição dilacerada.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Objetivos. É o grande ponto desse período. A ciência e a tecnologia parecem tão avançadas, que aos seres humanos comuns não é vantajoso seguir por essa linha. O mundo já foi todo descoberto, não existem mais paraísos ou el'dorados para se descobrir, eles estão lá, você só vai refazer a trilha que alguém criou. Então os objetivos se resumem a vida cotidiana, como pagar as contas ou ir em um restaurante caro uma vez por ano. Metas vazias, que são postas e executadas em velocidade incrível e repostas. São vazias não por não valer a pena cumprir elas, mas pela sensação que ela deixa após batida, como quando se termina um livro.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Uma era movida pela fé. A fé, a qual não pode ser explicada pela ciência, pois toda vez que o fazem vira a própria. O inexplicável que dá sentido aos atos desordenados chamados de vida. Essa espiritualidade que não demarca os limites da razão humana, como tantos religiosos atestam como absoluta, mas que é exatamente o contrário. É o limite sim, mas não uma parede, imóvel, mas como uma névoa, suplicante pelos novos exploradores que vão estender os limites de qualquer razão e de qualquer compreensão e que nunca vai se extinguir.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Aceitar a realidade é legal. Se curvar perante a ela, viver cada dia como algo único. Ganhar o dinheiro, gastar o dinheiro, aproveitar conversas. Não um escravo da rotina, mas um parceiro dela. Isso é realmente incrível. Mas evoluir além dos limites, no imensurável pelos sensores atuais, resolver problemas que sempre existiram, mas que nunca tiveram tempo para percebê-lo pois estavam preocupados demais tentando sobreviver de maneira confortável. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-32334230526313044062014-12-05T14:18:00.002-02:002014-12-11T23:22:56.481-02:00Fim<div style="text-align: justify;">
O fim da vida é, normalmente, uma angústia. A terceira idade definida como a pior idade por vestibulandos da uerj de algum ano ai é uma coisa dificil de lidar; tanto para eles que chegaram lá, quanto para nós, que tememos e acompanhamos até lá. Se não sabemos lidar nem com a situação constrangedora e confusa que é o acabar dos rolos de papel higiênico na casa dos outros, quem dirá com esse tabu ocidental que é o acabar de uma vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Me deparei com tal situação enquanto lia FIM da Fernanda Torres. Velhos ranzinzas, climões, saudades do tempo que não volta e solidões acompanham a leitura, a qual, por incrível que pareça, chega a ser agradável. Mas não é por isso que comecei a escrever este texto. Seria apenas uma resenha, dessas que eu posto no skoob, mas não é. Enquanto lia FIM, amavelmente cedido pela minha irmã, passei em uma livraria e tomado de um impulso (controlável) comprei mais dois livros, e um deles era esse tal de...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nu, de botas do Antônio Prata, que é exatamente o contrário. É o início, cheio de expectativas e sonhos. E com muito pouco conhecimento de mundo, sem a maldade por trás das palavras, sem as mentiras por trás dos elogios, e tudo que não se sabe é inédito, maravilhoso, com alguma explicação mágica junto a uma incrível expectativa que costuma ser diria das formas mais simples.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
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Li quase em simultâneo esses dois extremos e aconselho a experiência. Simultaneamente leva o leitor ao fim, as vezes uma redenção, ou um arrependimento e de quando em vez só um ponto final mesmo; e ao início, já esquecido devido ao excessos da adolescência embalados dois problemas de uma vida adulta que se acumularão.</div>
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Lembram que independente do fim( ou do começo) a vida passa; as infelicidades e momentos ruins estão ai sempre para quem quiser vê-los, embora os bons também estejam, escondidos, e esperando uma força de vontade para se mostrarem.</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-45591639335879303832014-11-28T00:30:00.000-02:002014-12-12T14:44:51.769-02:00Tempo<div style="text-align: justify;">
Nunca sei se é maldição ou se é benção.</div>
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Tão relativo a passar irreversivelmente. Não que ele seja o culpado de tudo, mas as decisões ruins são todas tomadas nele. Hesitações, ressacas, inconsequências. Tudo o que dá errado: no passado. Até aquele cabelo, o jeito de andar e falar; estranhos. Os papos repetidos, as piadas prontas, os passos marcados. Passados.</div>
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Mas as risadas, as alegrias. O tempo que não volta. Vivemos esperando dias melhores, não dias que realmente sejam melhores que hoje, mas que lembrem os bons dias do ontem. As boas risadas, as toneladas de tempo livre sem dinheiro. E quando existia era pouco, reservado a bebidas, que viravam histórias, fotos, recordações, momentos. Que não voltam.</div>
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Continuo sem saber se o tempo é meu maior aliado ou um grande inimigo. Mas continuo com a certeza de que, graças a Deus, ele passa. Mesmo quando perdemos algo, outro melhor pode surgir no futuro. O que é ruim, passamos para alguém que saiba aproveitar melhor, e o que é bom fica. Mas o que é melhor, compartilhamos, apresentamos novos amigos a velhos amigos, velhas brincadeiras para novas rodas, velhas piadas para novos ouvidos, boas companhias para todas as horas antigas e novas.</div>
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Se ainda tem uma avó, liguem para ela. Liguem para alguém que vocês gostem mas que mora longe. Nada de mensagem na porra no what's up e nem cutucada no caralho do facebook. Matem a saudade, digam as novidades, lembrem as pessoas que vocês amam que nada mudou. Os dias passaram, os empregos mudaram, os salários e os horários. Os fins de semana podem não estar tão livres assim, pode ter começado uma terceira guerra mundial ou o Vasco pode voltar a dar orgulho a nós, seus torcedores. Mas o amor e o carinho que se tem por quem se ama, continua lá, cada dia mais forte e esquecido. Tire a poeira dele, faça uma coisa boa para você enquanto faz algo de bom para alguém.</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-14392268719406736562014-11-21T19:07:00.000-02:002014-12-12T14:43:55.228-02:00Invagaçoes <div style="text-align: justify;">
Sempre me achei muito forte, que saberia cuidar de mim mesmo,e que não preciso de ninguém. Mas, o panorama mudou; eu cresci, evolui e comecei a me entender um pouco. Estou longe de chegar ao nível de auto consciência que almejo, mas sinto falta de algo, algo com o que eu pudesse contar para as horas difíceis, horas essas que sempre pensei que seria capaz de lidar tão facilmente no modo solo.</div>
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Não sei, pareço só nesse universo com tenta gente. Evito criar vínculos, responsabilidades, compromissos. Boto a culpa em mim, na minha falta de forma física e em meus assuntos -batidos e chatos-; sinto-me vulnerável e por medo nunca me abri para ninguém, nos momentos de fraqueza já aconteceu, mas nada voluntário e nem agradável. Afasto aqueles que tenho chance de gostar de verdade por reflexo e estabeleço barreiras entre eu e meus amigo e familiares para continuar a ser eu.</div>
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Talvez também seja apenas falta de vontade. Mas a falta de ter alguém para dividir os acontecimentos inúteis e banais é o que me mata. Conversar com alguém que sinceramente não queira responder um sonoro foda-se( como eu adoro fazer) para o que eu venha a pensar sobre o tempo ou o sinal fechado.</div>
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Mesmo assim, eles dizem que só preciso encontrar a pessoa certa. Mas não é tão simples assim, como posso me prestar em prol de outra pessoa tão profundamente, de forma tão completa, de me dar sem querer receber, se nem me conheço.</div>
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Como posso amar sem me amar? Parece tão comum nos dias de hoje, relações cheias de paixão, mas vazias de amor. Fogo que acende e apaga tão rápido como uma ejaculação precoce. Quero me gostar mais antes de tudo, entender minhas responsabilidades para não usar os outros de cabide para meus problemas.</div>
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E não digam que não sei o que é amar, seus filhos da puta. Amo sim, posso não fuder toda a noite com a mesma pessoa, e nem com pessoas diferentes. Mas amo. Amo o que me tornei, amo o que sou, posso não me amar em tamanha amplitude ainda, mas gosto mais de mim hoje do que ontem, pensamentos como ~eu me odeio~ já não habitam mais minha mente. Amo meus prazeres, de conversas descompromissadas pelo computador, tweets insanos, risos e alegrias.</div>
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Amo com fervor meus pais, meus irmãos, meus amigos, meus gatos. Posso não recuperar minhas memórias de um passado que não volta. Se eu vivesse tudo de novo, e pudesse ter escolhido diferente, escolheria. Sinceramente, não aconteceria nada diferente, eu ainda era como era, e tudo que aconteceu( entre decisões boas, ruins e péssimas) me trouxe para onde estou hoje. </div>
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Posso não ser feliz como alguns, e posso não ser triste como outros. Posso não saber dançar, cantar, escrever, rir ou chorar. Mas não desisti. E se desisti, não tive coragem de dar o passo em direção a morte. Quer saber? Qualquer dia publico esse. Talvez quem sabe.</div>
Juventudehttp://www.blogger.com/profile/14874885019570711960noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6475786900953879325.post-28796001710195379522014-11-14T10:16:00.002-02:002014-11-14T10:16:44.641-02:00Pulso<div style="text-align: justify;">
Desapega, desapega.</div>
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O quão simples, libertadora e difícil as ações descritas nessa frase— que é quase um mantra— podem ser de executar. Todos possuem um Norte na vida. Alguns vivem para transar, outros para amar. Há quem só para comer e também quem apenas para cozer. Na geração atual parece que muitos a fim de dormir, e, felizmente, muitos para sorrir também. </div>
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Todos, em maior ou menor escala, possuem uma ambição que os guia entre as decisões ruins que constituem essa longa estrada chamada história pessoal. Enquanto uns remam contra a maré incessantemente, a grande maioria deixa a vida os levar. Não que lidar com o futuro seja fácil, mas deixar o passado é igualmente cruel.</div>
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As coisas são assim naturalmente. Querem alcançar a perfeição, alguns gases já nascem nobres, outros se ligam incessantemente uns aos outros para alcançar a tão sonhada estabilidade. Que nunca chega. Um mais eletronegativo chega na parada, puxa os ións e as ligações, mexe nas covalentes, as vadias de van der walls saem com quem querem e quando querem, as apolares se fazem de santinhas, mas na pressão e temperatura certa e companhias erradas, se transformam.</div>
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O que na verdade é incrível, dessa forma fazemos eletricidade que nos deu as maravilhas de circuitos integrados que virou essa tela na qual você lê agora. Mais ainda, nos forneceu diversas comodidades como frigideiras anti aderentes que não roubam nossos omeletes porque esquecemos de botar manteiga nelas. O fato do universo ser tão dinâmico é o que faz viver valer a pena.</div>
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Perdas são necessárias para que o novo venha. Pior do que perder a casa de infância, perder o contato com aqueles que um dia já foram melhores amigos por descuido ou perder alguém querido para que ele continue sua trilha no seja lá que vier depois, é ser forçado a tomar essa decisão. Não se tem controle sobre a vida dos outros, se eles vão viajar, se eles mudaram de número, ou se brigaram com sua família, o simples fato de não poder controlar isso faz com que aceitar a perda do passado se torne menos pior. Pelo menos não foi minha culpa.</div>
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Mas se desfazer de algo por espontânea vontade. É simplesmente cruel. Um dos extremos desse caso é permitir ou não uma vacina letal no cão que acompanhou você por anos a finco. Ele já não late nem come da mesma forma que antes. A festa quando se chega em casa ainda está lá, sem mais pulos ou com toda aquela alegria, mas com olhos assíduos, embebidos em felicidade e alívio de poder estar junto ao dono por mais algum tempo.</div>
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Não só nos casos extremos, mas os pequenos abandonos diários. Jogar fora uma caneta por ela ter parado de funcionar, dar seus livros que agora parecem mais uma coleção de poeira ou as roupas que nem mais cabem em seu corpo ou estilo. É opinar entre ver aquilo que ama definhar em seus braços ou vê-lo nunca mais.</div>
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A parte boa de soltar é que abre espaço para o novo, e ele chega sempre. Novos livros ocuparão a estante, e se não forem livros, novos hobbies, experiências, aventuras. Quando perder algo, permita-se algum luto, mas o abandone quando for suficiente, nele você definha. Perca amigos, inimigos, oportunidades, roubadas e até mesmo seu Norte, mas não perca a sua força de vontade. Ela é quem faz tudo valer o suor, o tempo e a vida investida nas atividades.</div>
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Felipe Juventude</div>
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