sexta-feira, 3 de abril de 2015

Gente esquisita (eu)

    Oi e sim, mais um daqueles. Caso você seja novo por aqui e não saiba do que estou falando (ou digitando, que seja) existem textos que eu não escrevo crônicas, apenas experiências e fatos da minha vida a partir da minha perspectiva. O blog é meu, publico o que quiser. Faz algum tempo que não publico nada exclusivamente nesse estilo, então vou lhes atualizar sobre o que aconteceu nesse filme b chamado minha vida nos últimos dias: passei para a faculdade, mudei de casa, moro com gente nova, tenho uma porrada de novas responsabilidades.
    Eu não sei vocês, mas eu sempre tive essa impressão de que depois de um empurrão  tudo vai mudar e então as coisas começariam a se encaixar e o mundo seria um lugar melhor. Só falta o primeiro empurrão. Quando eu entrasse na faculdade as coisas começariam lentamente a tomar o rumo certo. Se eu me mudasse para fora da casa dos meus pais seria forçado a mudar minhas atitudes. E cá estou eu, matriculado, morando longe, saindo terças e quintas.
    E não é de todo ruim, um lampejo de sociabilidade não me atingiu, eu não me tornei aquilo que chamam de membro respeitável da sociedade; ainda sou eu. Não sei dizer o que falta, mas falta. Apesar de não ser o mais novo do grupo não sou aquele que tem mais histórias, sei que parte disso se deve aos meus, eu diria, 7 anos de vício. Não acho que tenham sido sete anos jogados fora, mas parece que faltou algo. E bem, ainda agradeço bastante aos envolvidos no canal Extra Credits por fazerem os vídeos os quais me fizeram perceber aquilo que minha mãe tentou me avisar anos a fio; eu não estava vivendo. 
    Eu passei horas incalculáveis em frente a realidades fantasiosas, o que não seria problema se fosse uma opção, mas não era. Eu não tive um plano b, não era escolher entre sair com amigos para perambular pela rua ou jogar algo. Eu não tinha muitos amigos. Os grandes amigos que tenho me são queridos até hoje, e os adoro, e eles me chamavam apesar dos problemas de distância e horários incompatíveis. 
    Parece que perdi toda a minha adolescência onde eu deveria cometer meus erros e fracassos e todos diriam, ok, você era jovem. Agora eu tenho medo de tentar. Me apoio forte na minha zona de conforto social que consiste única e exclusivamente em afastar todos que me são queridos. "Prefiro não ama-los a ter de lidar com a dor de perde-los" eu repito. Acontece de maneira lenta e horrível. Ao invés do seco e doloroso fim de uma execução limpa eu matei meus amigos como afogamentos em minha memória. Um dia paramos de nos falar e então nunca mais nos falamos, como completos estranhos que um dia tiveram algo em comum, mas nenhum de nós sabe mais o que. Agora as conversas só geram silêncios constrangedores e assuntos vazios. Desculpem-me amigos, eu os abandonei. Jonatan da avenida, Victor do equipe, José do américo, Newton e Iago do ressu, Nycholas do pré, se um dia lerem isso, não me falem, não vou saber reagir.
    E mesmo agora, na faculdade, eu não sei o que fazer. Não em relação ao curso, acho certas coisas incríveis no curso apesar de ainda duvidar dá minha capacidade na hora de trabalhar. Nada que um salário não me motive. 
    Apesar de tudo eu sinto que a vida não me recebeu de volta. Hoje em dia já tenho a opção entre o viver e o jogar, mas o meu viver parece sempre superficial, nunca indo ao máximo em nada, nunca falando com ninguém sobre essas coisas, nunca me permitindo ir além com ninguém, permanecendo sozinho nessa solidão que chamo de vida. Não é um lugar de todo ruim, afinal de contas é uma zona de conforto, o problema está em tudo que eu não consigo alcançar por estar dentro dela. 
    Acho que por hoje é só. Pelo resto do mês teremos insanidade em forma de crônicas e indignidades. Caso queria acompanhar mais da minha vida bugada tem o twitter, o @SrJuventude, mas se você quer ver alguém fudido de verdade tem o @luanlovato por que nem em ser errado eu sou bom. 
Um bom dia, uma boa tarde e uma boa noite.

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