sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Post de hoje (Sexta)

Hoje não vai ter texto por motivos de: enrolado para o natal.
Volte dia 25, talvez tenha alguma coisa. Alguma coisa mesmo.
Até lá você pode ler um bom livro e me dizer o que achou.
Ou me indicar um bom livro. Desses de parar de ler é sempre a parte mais difícil.
Queria postar o texto de uma amiga como um tapa buraco aqui. 
Mas sou um babaca e não consigo pedir favores  com tanta facilidade.
Não que eu seja uma pessoa introvertida para pedir favores.
Principalmente financeiros. A meus amigos que não devo nada, é claro.
Mas quando é algo desse porte emocional me torno um assustado.
Assustado a ponto de temer uma resposta de uma pergunta que não fiz.
A tal da ansiedade é isso ai. Mata antes de pegar na arma.
Pode não parecer também mas sou tímido. Verdade.
Se você quiser saber um pouco mais sobre mim. É só voltar. Toda sexta.
Excepcionalmente agora dia 25 do 12. (quinta) e o da próxima vai sair 31/12.
Quarta.
Um último adendo:
Domingo e Terça são escritos assim para não rimar com feira. (Primeira-Feira // Terceira-Feira)
Sábado é sábado porque foda-se ele pode ser quem ele quiser. Todo mundo ama ele.
Tem sábado com cara de segunda pra quem trabalha, sábado com cara de domingo pra quem encheu a cara sexta. Sábado com cara de sábado que só sábado sabe ter.
E sábado com cara de Gretchen quando é preciso ir ao mercado.
Ou comparecer a um evento indigesto.
Mas o sábado pode ser como ele quiser.

O blog é meu, eu não preciso fazer sentido,
Amo vocês,
Felipe Juventude

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Radioactive

"O mundo está para entrar em uma nova era."
Se você nasceu antes de 94 e é capaz de se lembrar das coisas que eram ditas durante a virada do ano 99 para 00, deve ter escutado algo neste sentido. Seja na virada do milênio, no asteroide que quase atingiu a terra ou até no 2012 maia. O planeta está sempre prestes a presenciar um grande evento catastrófico capaz de destruir todas as tecnologias ou de trazer de volta os mortos para que eles contaminem aos outros, resultando em um apocalipse zumbi.

E nada disso aconteceu. A cada apocalipse continuamos os mesmos. Nossas vidas não mudaram por causa disso. Não suicidamos, não desistimos e não nos animamos também. Embora sem perceber mudamos de era. Sem um grande marco, sem uma grande invenção, sem a consolidação de um grande império, sem um novo modelo econômico, sem banhos de sangue. E ela está ai. Tivemos um pouco de tudo isso em todo o mundo, mesmo sem ninguém ligar os pontos.

Você está nessa nova era. Pare para pensar um pouco como. Respire, se acalme, deixe um pouco de lado os stresses do dia-a-dia, as contas para pagar e o consumismo exacerbado. Largue essa porra de Facebook, se integrar aos amigos é ótimo. Ter tudo ao alcance da mão é incrível, isso é resultado de anos de pesquisa científica e trouxe ótimos avanços na qualidade de vida, não é preciso ter muito mais que isso, nossa comida está refrigerada, nosso lazer à palma da mão e nossa ambição dilacerada.

Objetivos. É o grande ponto desse período. A ciência e a tecnologia parecem tão avançadas, que aos seres humanos comuns não é vantajoso seguir por essa linha. O mundo já foi todo descoberto, não existem mais paraísos ou el'dorados para se descobrir, eles estão lá, você só vai refazer a trilha que alguém criou. Então os objetivos se resumem a vida cotidiana, como pagar as contas ou ir em um restaurante caro uma vez por ano. Metas vazias, que são postas e executadas em velocidade incrível e  repostas. São vazias não por não valer a pena cumprir elas, mas pela sensação que ela deixa após batida, como quando se termina um livro.

Uma era movida pela fé. A fé, a qual não pode ser explicada pela ciência, pois toda vez que o fazem vira a própria. O inexplicável que dá sentido aos atos desordenados chamados de vida. Essa espiritualidade que não demarca os limites da razão humana, como tantos religiosos atestam como absoluta, mas que é exatamente o contrário. É o limite sim, mas não uma parede, imóvel, mas como uma névoa, suplicante pelos novos exploradores que vão estender os limites de qualquer razão e de qualquer compreensão e que nunca vai se extinguir.

Aceitar a realidade é legal. Se curvar perante a ela, viver cada dia como algo único. Ganhar o dinheiro, gastar o dinheiro, aproveitar conversas. Não um escravo da rotina, mas um parceiro dela. Isso é realmente incrível. Mas evoluir além dos limites, no imensurável pelos sensores atuais, resolver problemas que sempre existiram, mas que nunca tiveram tempo para percebê-lo pois estavam preocupados demais tentando sobreviver de maneira confortável. 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Fim

O fim da vida é, normalmente, uma angústia. A terceira idade definida como a pior idade por vestibulandos da uerj de algum ano ai é uma coisa dificil de lidar; tanto para eles que chegaram lá, quanto para nós, que tememos e acompanhamos até lá. Se não sabemos lidar nem com a situação constrangedora e confusa que é o acabar dos rolos de papel higiênico na casa dos outros, quem dirá com esse tabu ocidental que é o acabar de uma vida.

Me deparei com tal situação enquanto lia FIM da Fernanda Torres. Velhos ranzinzas, climões, saudades do tempo que não volta e solidões acompanham a leitura, a qual, por incrível que pareça, chega a ser agradável. Mas não é por isso que comecei a escrever este texto. Seria apenas uma resenha, dessas que eu posto no skoob, mas não é. Enquanto lia FIM, amavelmente cedido pela minha irmã, passei em uma livraria e tomado de um impulso (controlável) comprei mais dois livros, e um deles era esse tal de...

Nu, de botas do Antônio Prata, que é exatamente o contrário. É o início, cheio de expectativas e sonhos. E com muito pouco conhecimento de mundo, sem a maldade por trás das palavras, sem as mentiras por trás dos elogios, e tudo que não se sabe é inédito, maravilhoso, com alguma explicação mágica junto a uma incrível expectativa que costuma ser diria das formas mais simples.


Li quase em simultâneo esses dois extremos e aconselho a experiência. Simultaneamente leva o leitor ao fim, as vezes uma redenção, ou um arrependimento e de quando em vez só um ponto final mesmo; e ao início, já esquecido devido ao excessos da adolescência embalados dois problemas de uma vida adulta que se acumularão.



Lembram que independente do fim( ou do começo) a vida passa; as infelicidades e momentos ruins estão ai sempre para quem quiser vê-los, embora os bons também estejam, escondidos, e esperando uma força de vontade para se mostrarem.