sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Fim

O fim da vida é, normalmente, uma angústia. A terceira idade definida como a pior idade por vestibulandos da uerj de algum ano ai é uma coisa dificil de lidar; tanto para eles que chegaram lá, quanto para nós, que tememos e acompanhamos até lá. Se não sabemos lidar nem com a situação constrangedora e confusa que é o acabar dos rolos de papel higiênico na casa dos outros, quem dirá com esse tabu ocidental que é o acabar de uma vida.

Me deparei com tal situação enquanto lia FIM da Fernanda Torres. Velhos ranzinzas, climões, saudades do tempo que não volta e solidões acompanham a leitura, a qual, por incrível que pareça, chega a ser agradável. Mas não é por isso que comecei a escrever este texto. Seria apenas uma resenha, dessas que eu posto no skoob, mas não é. Enquanto lia FIM, amavelmente cedido pela minha irmã, passei em uma livraria e tomado de um impulso (controlável) comprei mais dois livros, e um deles era esse tal de...

Nu, de botas do Antônio Prata, que é exatamente o contrário. É o início, cheio de expectativas e sonhos. E com muito pouco conhecimento de mundo, sem a maldade por trás das palavras, sem as mentiras por trás dos elogios, e tudo que não se sabe é inédito, maravilhoso, com alguma explicação mágica junto a uma incrível expectativa que costuma ser diria das formas mais simples.


Li quase em simultâneo esses dois extremos e aconselho a experiência. Simultaneamente leva o leitor ao fim, as vezes uma redenção, ou um arrependimento e de quando em vez só um ponto final mesmo; e ao início, já esquecido devido ao excessos da adolescência embalados dois problemas de uma vida adulta que se acumularão.



Lembram que independente do fim( ou do começo) a vida passa; as infelicidades e momentos ruins estão ai sempre para quem quiser vê-los, embora os bons também estejam, escondidos, e esperando uma força de vontade para se mostrarem.

Nenhum comentário: