segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Oficialmente fechado.

Boa noite.
Estamos aqui, dia... Dez de agosto de dois mil e quinze encerrando operações. Não que eu não goste mais de escrever, mas preciso ser sincero comigo mesmo e em minhas escolhas. Vim aqui dar um glorioso fim a essa fase maravilhosa da minha vida chamada baixas expectativas. Detalhe que esse nem era o nome original do blog, o famigerado pedaços de mim.

Criei esse blog no meio do ano passado, e publiquei por meses um texto por semana até o fim do ano, quando tirei férias e ainda publiquei mais alguns vinho ao início da faculdade. Criei esse blog por um único motivo, descobri o quanto amo escrever; e escrevi mais do que esperava até. 
Crônicas, relatos, reflexões, desabafos. Ainda me impressiona a quantidade de conteúdo que consegui produzir com essa proposta ultra intimista que foi o pedaços de mim. Entre os textos tem alguns que expõem minha intimidade de tal maneira que é bem difícil você me ouvir falando sobre pessoalmente.

Não vou parar de escrever. Jamais. Mas vou reformular minha ideologia, meu modus operandi, meu raison d'être. Pedaços de mim aliado às baixas expectativas é um meio ótimo de viver, sempre dá certo. Faça o que puder, pegue o resultado mínimo, fique feliz. Mas essa é a zona de conforto. Me esforço o suficiente, chego até o fim de meus objetivos, me desespero como alguém que acabou de assistir a quinta temporada de game of Thrones (normalmente diria uma série, mas quem assistiu esse último episódio sabe do que estou falando.) e me isolo de tudo que posso até encontrar o próximo objetivo.
Isolamento.

Um jeito satisfatório, mas vazio de viver. Do ponto A para o ponto B e assim por diante. Por mim, um pouco pelos meus pais e irmãos. É só. Vazio. Não quero mais ser vazio, insosso. Sem graça. Minha mãe por muitas vezes me avisou sobre viver a idade na idade certa, e aí estou eu remoendo meus anos de vício de novo. Quero saber o que é esse tal viver, não o que as pessoas falam na rede social(parece terrível), nem os dos contos de fada($em condi$$õe$), mas o do mundo das crônicas, lindo, palpável, sofrido as vezes, mas sempre profundo. Sempre vivo.

Viver é se jogar em um abismo, no momento do nascimento começa a queda e na morte o inevitável encontro com o chão. Meu objetivo nessa metáfora é aproveitar a queda. Esperando um pouco mais de mim. Quebrando mais vezes a minha cara. Sorrindo e chorando com mais propriedade. Sendo eu mesmo, seja o dançarino das festas, o cansado da madrugada, o tranquilo durante o dia, o competitivo no baralho ou o depressivo do Twitter.
Por uma vida na qual se espere mais e melhor.
Por uma vida que mesmo que não se tenha mais nem se tenha o melhor, que ainda consiga sorrir verdadeiramente ao longo de cada dia.
Felipe Juventude
(Ou você pode chamar de Çegredo, muito mais legal)

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