sexta-feira, 13 de março de 2015

Blue Hair - Prólogo(Piloto #1

Remilia é uma legítima elfa da floresta, como aquelas que já não existiam no mundo de ShadowRunner. Seus pais, um Technomancer chamado Loriel e uma Decker chamada Flandre, eram elfos da floresta. Mesmo que apenas na aparência, pois a vida da mesma forma que os uniu, jogou-os aos extremos de desespero e dor, onde eles descobriram a Matrix e como opera-la com maestria. Após anos aperfeiçoando seus talentos e sobrevivendo, Flandre descobriu que estava grávida e junto com seu marido tomou uma medida drástica: terminaram todas as ordens de serviço que estavam pendentes e pararam de aceitar as novas a fim de se mudarem para uma das florestas como aquelas que eles se lembravam de suas longínquas infâncias.

Encontrar uma não foi fácil, vagaram por quilômetros sem sucesso. As cidades tomaram grandes proporções e se alastraram por muitos dos campos silvestres que antes cobriam o mundo. Após meses de caminhadas árduas e caronas suspeitas, eles encontraram um lugar no qual poderiam ter sua filha, ensina-la a viver da terra e a amar a natureza, sem que ela fosse jogada às mesmas dificuldades e condições de seus pais.

Apesar da vida, agora simples, eles continuavam realizando pequenos serviços a longa distancia. Com qualquer sinal de wi-fi a hectares de distancia seria impossível se conectar a matriz, mas Loriel não aguentou a idéia de nunca mais se conectar, e então colocou diversos repetidores ao longo do caminho. Esses repetidores foram criados por ele e sua mulher, então tinham um código de encriptação muito complexo, já que a linguagem utilizada era própria do casal, não havendo nada parecido no mundo. Isso possibilitou uma conexão ágil (apesar da distância), ao mesmo tempo que garantiu segurança de que não seriam rastreados com facilidade. Focados principalmente em trabalhos ilícitos, agora eles juntavam o dinheiro a fim de proporcionar conforto e segurança para a pequena Remilia.

Anos se passaram e Remilia cresceu; aquele pequeno ser floresceu com o passar dos anos. Os cabelos, longos, levemente cacheados e belos adquiriam uma tonalidade azul, aprendeu com os pais sobre as coisas da floresta: plantar, cuidar e colher. Como lidar com as dificuldades que uma vida natural proporciona (ex: criaturas más da floresta), sem nunca ter de enfrenta-las cara a cara. Sobre o cultivo de plantas e seus usos medicinais. No tempo livre, lia os livros antigos de seus pais em segredo. Não era permitido a ela se conectar a tal matriz, mas já tinha mais conhecimento de observação e leitura do que muitas pessoas com SIN(Cadastro Cívil).

Um dia Flandre e Loriel tomaram outra decisão drástica. Um de seus contatos os indicou para um trabalho especialmente perigoso e igualmente recompensador. Seria a última ordem de serviço; com o dinheiro poderiam criar seu próprio servidor de matriz e começar um vilarejo no meio a  floresta. Deveriam entrar em um banco de dados, roubar informações confidenciais de um grupo terrorista anti-metahumanos. Entraram com dificuldade, mas assim que entraram perceberam algo errado. Era uma armadilha e a punição pela demora ao perceber o erro foi severa. Seu sinal fora rastreado e um ataque foi executado aos seus hotsim; uma forte descarga elétrica em seus sistemas neurais e computadores. Os corpos de Loriel e Flandre estavam da mesma forma que sempre entravam na matriz, um de frente para o outro. Mas suas almas haviam partido, os olhos estavam vazios, os cérebros em curto e seus aparelhos eletrônicos levemente danificados.

Remilia ficou mais alguns meses na casa. Em estado de choque, criou um chip BTL no qual sua vida era feliz e seus pais vivos, o usava frequentemente para fugir da terrível verdade. Proporcionou um enterro digno aos seus pais. Realizou a recuperação de dados e uma varredura em todos os arquivos dos comunicadores. Viu que o sinal vinha da matriz de Seattle, provavelmente provocado por algum Decker muito habilidoso; furar a criptografia, mesmo que com "força bruta", não era uma tarefa simples. Saiu assim que se sentira preparada, sua casa na floresta já não estava segura. Sabia que era apenas uma questão de tempo até que o local fosse encontrado. Conseguiu acesso à parte das economias com os dados da varredura, também achou alguns equipamentos sobressalentes de seus pais e um nome junto com um número de identificação: Go'el.


Ao chegar  na cidade, Remilia ficou extasiada. Já tinha lido sobre a matriz e conhecia os problemas com o "barulho" que se agravavam com a distância entre o usuário e a conexão, mas não imaginava a velocidade e frequência com que os dados passavam por sua interface de RV(realidade virtual). Assim que se recuperou do choque entrou em contato com a única pessoa que tinha alguma ligação.

Go'el ficou impressionado ao atender a comunicação, era um xamã relativamente famoso no mundo dos Runnners, mas aquele número era particular e fazia pelo menos 20 anos que ninguém entrava em contato com ele por tal meio. Remilia o explicou a situação e pediu por ajuda, e Go'el como tinha grande amizade por Loriel e Flandre a explicou tudo o que podia com as informações que tinha. O ataque realizado aos amigos tinha a única intenção de mata-los pela brutalidade e força com que fora executado.

Ele aconselhou Remilia a voltar para casa. Para sua vida no campo, onde poderia ser feliz e auto-suficiente sem se sujar com as impurezas dos becos escuros e traiçoeiros de Seattle, mas os olhos dela brilhavam de ódio, um verde e o outro azul, herdados de seu pai e mãe, respectivamente. Ela disse: "Não posso voltar agora. Da mesma forma que tudo na natureza, a morte dos meus pais terá consequências."

Go'el respirou fundo e disse: "Então vou ajuda-lá em tudo que eu puder, você não é uma cidadã desta cidade, e se é vingança que busca é melhor não ser mesmo. Vou lhe apresentar aos meus irmãos e irmãs, parece que você já sabe algumas coisas sobre a Matriz e que partilha dos conhecimentos de teus pais.Terá de se mover pelas sombras, adquirir conhecimentos, armas e contatos e correr riscos inimagináveis. Está pronta para se tornar uma corredora das sombras?"

Cumpriu com sucesso suas primeiras missões, umas em grupo, outras completamente sozinha. Depois que se despediu de Go'el resolveu viver sozinha em lugares abandonados, a fim de se manter o mais longe possível de olhos suspeitos. Descobriu sobre a existência de um grupo extremista anti-metahumanos, e desconfia que eles sejam os responsáveis pelo fatídico fim de seus pais. Todos na Matriz são inimigos e todos os outros Deckers são assassinos. Por viver muito tempo na floresta, sempre anda com flores em suas roupas ou nos seus longos cabelos azuis; traz lembranças de sua casa. Entre um trabalho e outro ainda visita as lembranças de dias mais felizes e não consegue ficar muito tempo longe delas.

Remilia está começando a pegar o jeito da coisa, e não vai parar antes de encontrar os assassinos. Não os matará de imediato, pois morte é a libertação da vida, os fará sofrer antes. Da mesma forma que ela sofre todos os dias.




Er, oi, Felipe aqui, ou Çegredo. Ou Juventude, depende de como e/ou donde você me conhece( se me conhece). Se você está lendo isso, provavelmente chegou ao meu blog porque viu em algum lugar ou me conhece mesmo, e esse é um blog de crônicas, pensamentos, reflexões e agora contos. Esse não é um texto como os outros, ele não é 100% meu, diferente de todo o resto nesse blog. Ele é inspirado em um jogo de RPG de mesa, o Shadowrun: A Life in the Seattle Edge, que o lindo do Odinpower/Thomtomp me apresentou e me chamou para jogar com os amigos dele. Não sei se vocês sabem, mas um jogo de roleplay é, como um dos amigos que estava jogando junto disse, como ler um livro que está sendo escrito em tempo real com as atitudes dos jogadores e os lançamentos de dados.
Esse não é um conto sobre as aventuras do grupo como um todo, porque eu não sei os detalhes sobre os outros personagens, então não tenho como botar palavras e pensamentos na cabeça deles, então vai ser uma história com total foco no único personagem que tenho controle, ou seja o meu. Remilia, que vocês vão conhecer mais para frente ai. Não, eu não sei se os amiguinhos sabem que eu to escrevendo a história dessa perspectiva e talvez o único que descubra seja o próprio Odin, que é o mais próximo de mim. E sim, para não perder os rumos eu to gravando a porra toda em aúdio (na medida que meu pc não der pau) e tentando escrever com o meu estilo próprio da parada e gravei parte da primeira aventura (yay).
Mas o problema, como vocês provavelmente não sabem é que meus pais são separados, e na casa da minha mãe o acesso a internet é prejudicado porque lá a internet é ruim e só tem um pc para três pessoas, então não sei se vou conseguir continuar nessa mesa com os amigos e por consequência não sei se vão rolar mais que esse piloto e o próximo.
Mas se vocês gostarem/eu tiver tempo/o odin quiser eu volto a jogar e então as aventuras dessa elfinha vingativa com os cabelo zulão lindo pode continuar <3

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