domingo, 12 de outubro de 2014

2.1

Er oi.
Antes de quaisquer outra coisa, hoje estou fazendo vinte e um anos. Não, não escrevi esse texto hoje. Estudos indicam que vou estar na casa do cunhado jogando ps4 nesse momento ou em casa tomando uma cerveja cosamigo e comendo umas carne. Chorem inimigas. Esse não é como os outros, é mais pra um blog text mesmo. Vou falar da minha vida e você pode não ou pode ler. BE FREE.

E bem, é meu aniversário, agora posso comprar álcool em muitos lugares do mundo. Alguns vão dizer que estou mais maduro, outros que estou me aproximando da morte e meus tios estão contando nos dedos os anos que faltam preu fazer 24 e eles poderem fazer piadinhas de tio. Mas não é disso que eu vim falar.

Todo ano é um ciclo, você faz aniversário, deseja alguma coisa na hora de apagar as velinhas, em algum momento é ano novo, você promete ficar magro, entrar na faculdade, escrever um livro e plantar uma arvore, no dia seguinte tudo que você quer é um remédio pra ressaca, e passa mais algum tempo e você faz aniversário de novo. É assim mesmo, aconteceu comigo umas 21 vezes já. E diferente dos outros anos que eu só somei um na idadei, fiquei me perguntando; o que caralhos fiz nesse ano que passou?

Não adianta perguntar para os outros, cada um tem seu jeito de ver as coisas. Alguns vão dizer, "Você estudou bastante tá ok" outros, "Quase não saiu, seu ano foi uma merda" e tem gente que ainda "Trabalho porra nenhuma e viveu bem, tá bom demais" e cada um deles está certo em sua própria maneira. Maneira a qual eu costumo muito pouco me fuder (Se você me conhece sabe disso).

Por mais que eu odeie admitir, o ano foi ótimo. Posso não estar feliz com meu rendimento acadêmico, nem com a minha classificação no último SISU, também não parei para seguir e descobrir meus sonhos( papo para outro dia) e nem fiquei melhor nos jogos que eu já jogo. Mas esse ano foi essencial para mim.

Afinal apesar de sempre ter rolado uma sinceridade interna sobre o que eu queria e o que estava disposto a dar pelos objetivos. Esse ano tomei coragem e me abri para ler-me como um livro, para apontar meus defeitos e qualidades, gostar de alguns e detestar outros. Conhecer-me.

Em algum momento nesses 365 dias que passaram eu me deparei com um vídeo que mudou minha maneira de ver as coisas. Foi um que falava sobre vício em jogos, e como isso aconteceu com ele e ficou mais claro que nunca de como aquilo acontecia comigo. Eu me isolei do mundo, não havia mais lugar nele para mim. Todos os meus assuntos eram chatos, batidos e limitados. Isso me incomodava, mas estava tudo bem. No final do dia ainda tinha meu refúgio, em meio a mundos maravilhosos, com objetivos claros e que eu era importante e não só um cara que saiu da faculdade e está em meio a dezenas de adolescentes brigando por uma vaga na faculdade. Nunca me isolei socialmente, meus amigos virtuais são ótimos, mas não conseguir ultrapassar essa barreira com as pessoas "normais" me incomodava.

Como vocês devem saber, não parei de jogar. Jogos não são como bebidas ou cigarros, eles não botam alguns substancia química no organismo e te deixam viciado, o termo mais correto é compulsão ou sei lá. Parar de jogar seria fugir, seria deixar de esconder-me nos jogos para me esconder em novelas, livros, filmes, músicas ou afins. A coisa mais incrível do vídeo não é a mensagem que ele deixa, a de life welcomes you back.

Independente de quantos anos você perdeu, quantas horas isolado, ou seja lá o que você achar que as pessoas pensam, a vida te recebe de volta. Acho que no final foi isto que me ajudou mais.

Os jogos deixaram de ser minha zona de conforto, agora são onde vou relaxar um pouco e rir com meus amigos, assim como o próprio pre vest onde encontro meus amigos novos e converso enquanto os professores escrevem toneladas de texto no quadro.

E dizem também que existem outros ciclos na vida, um de sete em sete anos que vou estar completando. Talvez eu vire um jovem adulto mais maduro, talvez só fique mais babaca. Quem sabe fique famoso por escrever esse tipo de coisa, mas algo é fato: as possibilidades são infinitas, e eu convido você, leitor, a me acompanhar por mais um ano dessa parada incrível que chamam de vida.

Post Mortem
Estou escrevendo este pequeno trecho após minha festa, porque achei válido. Pela primeira vez em muitos anos, fiquei feliz em completar mais um ano. Isso não era comum a minha pessoa,

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