sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Referências

As vezes, com o caminhar da conversa, sempre passamos por um assunto interessantíssimo, mas que poucos têm vontade de discutir; opiniões se engessam e uma degladiação de vozes dissonantes onde a mais alta "ganha".

No meio dessa confusão a qual não me intrometo por opção alguém me pergunta: "qual a sua religião?" E meio sem graça respondo: Acredito no que eu acredito. Muita gente não entende esse ponto de vista, mas aceita-o de qualquer forma ou tenta converter-me( ponho em prática a fica arte de mandar alguém se foder sem esse alguém perceber).

Bem eu gosto da citação daquele filósofo, Nietzsche, que diz que Deus está morto e a humanidade o matou. Concordo em parte, então vamos continuar nessa linha de pensamento, por partes. Deus não está morto. Deuses custam a morrer, mas estão fadados ao esquecimento. É assim que deuses funcionam. Vão e vem adjuntos a culturas e civilizações com promessas de dar um sentido às pequenas vidas daqueles que lideram, mas com o fim ou conquista dessas civilizações lá vão os Deuses e seu triste fim de serem esquecidos.

E bem, o Deus atual não está morto e muito menos esquecido. Ele está lá: firme, forte e operante. As pessoas o usam como guia para suas ações, seus julgamentos, suas promessas, suas dividas e suas trepadas. Mas a questão aqui não é essa, e sim, quem está por trás desse Deus?

Manipular o nome de Deus nunca foi tão fácil. O império romano o fez bem por muito tempo e quando o império caiu, deixou tal tarefa nas boas mãos da igreja católica. Não, não sou a favor do que a igreja católica fez ao longo da história com seus jogos politicos, suas guerras santas e nem com sua imunidade santa. 

Todavia uma coisa ela fez bem, e isso foi manter a imagem de um grande Deus misericordioso e impiedoso, e por muito tempo deu certo. As pessoas tinham medo do desconhecido, como continuam tendo até hoje.

Os problemas começaram quando eles não conseguiram mais calar cientistas e filósofos que insistiam em contradize-la, o tão temido novo, não era mais tão estranho afim de entender e desmentir. Nesse ponto ela foi incapaz de se manter inteira. Reforma e contra-reforma rolaram, foram criadas várias formas de ver os mistérios da vida, afinal é para isso que servem as religiões. Infelizmente esse processo desencadeou também na intolerância religiosa ocidental por ela mesma, ou seja, violência gratuita porque um não concorda com o outro. Claro que existe interesse econômicos no meio, mas nada melhor que fé para movimentar um exército.


Em meio a esse mar de escolhas entre ideologias lindas baseadas no amor e preconceitos infundados disseminadores de ódio que você escolhe a sua religião, sua ponte de ligação entre você e algo maior que dá sentido a.existência. Afinal, definem a vida como nascer, crescer, reproduzir e morrer, mas se fosse tão simples, o homem não evoluiria. Se não fosse a angústia de estar triste, insatisfeito, incomodado o mundo não teria mudado. E o preço a se pagar pela rotina, aceitação, submissão é pesado: ser infeliz.



"É só isso? Ser infeliz?"
É tudo isso. Ser infeliz.



P.S.: Eleições batem a nossa porta de novo, um segundo turno com cara de round dois. E que round 2.
A baixaria e mares de acusação não se resumiam aos minutos intermináveis de propaganda política e nem aos recorrentes debates, tão aclamados pela mesma baixaria em redes sociais.
Sabemos que o sistema político do nosso país é corrupto. Aprendemos quando criança que quem está melhor é quem se dá bem, trapaceia-se em piques, ao encontrar coisas no chão, ao colar em exames, ao furar filas, jogar lixo no chão, etecetera, etecetera, etecetera...
Mas quantos são os países em que as pessoas morrem (literalmente) para conseguir esse direito que é um dever. Ter de lidar com carros de som, propagandas abusivas, mentiras descaradas é melhor que viver uma colônia, um império, uma república oligárquica, um estado facista ou uma ditadura civil-militar; mas ainda não é ideal. Por esse simples fato venho aqui pedir que você, leitor, vote. Vote Dilma, Aécio, Pézão ou Crivella. Discuta, levante argumentos,tente convencer, mas sem partir para a ignorância, tornar-se cego é o segundo maior pecado político. Pode não ser esse mandato que as coisas melhorem, mas se abster de votar só para ausentar-se de culpa é lamentável.

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